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Equipe de transição oficializa saída de Mantega

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Em edição extra do Diário Oficial da União, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), oficializou a saída do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, da equipe de transição.

Mantega integrava o grupo de planejamento, orçamento e gestão. A renúncia à função na equipe de transição se deve, segundo carta do ex-ministro, a uma condenação no TCU (Tribunal de Contas da União).

O ex-ministro foi condenado pela primeira vez em 2016 com decisão estendida em 2018, situação legal que o impede de assumir, temporariamente, cargos públicos. Mantega afirma ter sido condenado injustamente e ressalta, ainda, que não seria remunerado pela sua função na transição.

A condenação e a participação de Mantega na equipe de transição estava sendo explorada por adversários políticos do presidente eleito, Lula (PT).

Mantega foi ministro do Planejamento, no governo Lula, e da Fazenda, nos governos Lula e Dilma Rousseff.

O nome dele para a equipe de transição do terceiro mandato de Lula havia sido anunciado na semana passada.

De acordo com a assessoria do governo de transição, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, recebeu a carta de renúncia de Mantega e ligou para o ex-ministro. Alckmin agradeceu a Mantega pelos serviços prestados à transição.

“Ministro Guido passa por uma situação injusta. Ele seria um colaborador voluntário, sem receber nada pela sua contribuição. Por isso liguei para ele e agradeci pela colaboração e pelo gesto”, afirmou Alckmin à imprensa.

Íntegra da carta

Veja o que escreveu Mantega para a equipe de transição:

“São Paulo, 17 de novembro de 2022.

Prezado vice-presidente Geraldo Alckmin, coordenador Geral da Equipe de Transição

Aceitei com alegria o convite para participar do Grupo de Transição, na certeza de poder dar uma contribuição para a implantação do governo democrático do presidente Lula.

Entretanto, em face de um procedimento administrativo do TCU, que me responsabilizou indevidamente, enquanto ministro da Fazenda, por praticar a suposta postergação de despesas no ano de 2014, as chamadas pedaladas fiscais, aceitei trabalhar na equipe como colaborador não remunerado, sem cargo público, para não contrariar a decisão que me impedia de exercer funções públicas por 8 anos.

Mesmo assim essa minha condição estava sendo explorada pelos adversários, interessados em tumultuar a transição e criar dificuldades para o novo governo.

Diante disso, resolvi solicitar meu afastamento da equipe de transição, no aguardo de decisão judicial que irá suspender os atos do TCU que me afastaram da vida pública. Estou confiante de que a justiça vai reparar esse equívoco, que manchou minha reputação.

Agradecendo a confiança,

Atenciosamente,

Guido Mantega”

Esta reportagem está em atualização.

Fonte G1 Brasília

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