Imagina a obra mais escandalosa do Brasil: o Parque Novo Mato Grosso, construído com dinheiro público em área privada. Um empreendimento que deveria ser um espaço de convivência pública, mas que, na prática, separa ricos e pobres e cria um condomínio de luxo disfarçado de parque, beneficiando apenas uma elite privilegiada.
Agora, para agravar ainda mais a indignação, o Diário Oficial do Estado trouxe a publicação de um novo absurdo: a contratação de uma empresa para construir um kartódromo dentro do parque, ao custo estratosférico de R$ 56.178.972,51 (cinquenta e seis milhões, cento e setenta e oito mil, novecentos e setenta e dois reais e cinquenta e um centavos). A obra será executada pela empresa Jota Ele Construções Civis S/A, contratada pela MT Participações e Projetos S.A. (MTPAR), com prazo de 21 meses para conclusão.
Enquanto isso, o estado de Mato Grosso vive uma realidade de aumento do crime organizado, precarização dos serviços públicos e crescimento alarmante dos bolsões de miséria nos grandes centros. Em um cenário de desigualdade gritante, o governador Mauro Mendes prioriza um projeto megalomaníaco que desvia recursos públicos para obras faraônicas, ignorando as necessidades reais da população.
A construção do kartódromo é mais um capítulo na história de uma obra que deveria promover inclusão e lazer, mas que escancara a separação social e o desprezo pelas prioridades públicas. Em meio à crise social e econômica, o Parque Novo Mato Grosso se consolida como o símbolo da exclusão, da desigualdade e do desperdício do dinheiro público.