A advogada Daniela Teixeira, escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a vaga de ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), recebeu cumprimentos de várias autoridades após o anúncio. Para além do mundo jurídico e da esfera política, uma ligação foi inesperada e comemorada : a da apresentadora Xuxa, que ligou para felicitar a advogada.
Xuxa ligou para dar os parabéns, e a futura ministra aproveitou para falar de pautas de interesse das mulheres ? que têm representação muito abaixo do número de homens no Judiciário. Teixeira falou que quer trabalhar no combate à violência contra mulher e no combate ao trabalho infantil. E abriu diálogo para Xuxa apresentar sugestões.
Nos bastidores, não foi só a ministra que ficou emocionada. A ligação deixou a filha dela em êxtase. Segundo auxiliares, a filha chegou a dar cambalhotas. Teixeira, a filha e a equipe da futura ministra cantaram a música “Ilariê” após a ligação.
Representatividade
A primeira ligação que a futura ministra recebeu após a indicação foi de Luiza Trajano, fundadora da varejista Magazine Luiza e defensora dos direitos das mulheres e da maior representatividade feminina em todas as esferas da sociedade.
As ligações de Xuxa e de Luiza Trajano se inserem num contexto de conquista feminina para Teixeira.
“Quando uma mulher dá um passo, todas avançam, e a primeira que chega acende a luz?, tem dito a futura ministra.
Hoje, o STJ conta com seis mulheres, entre as 33 cadeiras de ministros. Com a escolha de Teixeira, serão sete. Duas ministras do STJ vão se aposentar ainda neste ano. Portanto, a representação feminina vai diminuir se as substitutas não forem mulheres.
O presidente ainda não definiu os nomes que indicará para as outras duas vagas na corte, que deverão ser de pessoas provenientes dos Tribunais de Justiça (TJ).
A indicação de Teixeira para a vaga, assinada pelo presidente Lula, deve ser publicada nesta quarta (30) no “Diário Oficial da União”.
Daniela Teixeira é considerada uma advogada progressista, mas o fato de ser mulher também pesou a seu favor, principalmente porque Lula ainda não definiu se escolherá uma mulher para a vaga da ministra Rosa Weber, que sai em setembro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Fonte G1 Brasília