A CPI dos Atos Golpistas ouve nesta quinta-feira (31) o depoimento do general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Dias deixou o GSI após aparecer em vídeos conversando com invasores do Palácio do Planalto. O general foi convocado pela CPI em 20 de junho.
Nas justificativas para a convocação de Dias, os parlamentares classificam o ex-ministro como “peça chave” para explicar a atuação do órgão durante os ataques ao Palácio do Planalto.
“É de suma importância que o General Gonçalves Dias, preste a esta Comissão Mista e Inquérito todas as informações relacionadas à sua atuação no dia 8 de janeiro de 2023 para que possamos chegar o mais próximo possível da verdade dos fatos que envolveram as depredações de instalações, da cronologia da circulação de informações anteriores ao desencadeamento dos atos, bem como as suas causas primárias e o desenvolvimento da apuração destes delitos”, justificou o senador Magno Malta (PL-ES).
Ao todo, foram apresentados 21 requerimentos para convocação de Dias. Os pedidos são tanto de parlamentares da oposição como da base do governo, como a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Duarte (PSB-MA). Na primeira vez em que foram votados, 13 foram rejeitados. Na sessão seguinte, sete foram aprovados e um não foi apreciado.
A oposição afirma que houve omissão na segurança do Palácio do Planalto, um dos prédios invadidos e depredados pelos vândalos bolsonaristas radicais. A base aliada do governo diz que esse discurso busca tirar o foco das investigações sobre, por exemplo, quem incentivou, organizou e financiou os atos golpistas.
Além dos pedidos para ouvir Dias, a comissão também aprovou um requerimento da relatora para quebrar o sigilo telefônico e telemático do general. Os dados ainda não chegaram à CPI.
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Fonte G1 Brasília