O ex-ministro Guido Mantega pediu nesta quinta-feira (17) para deixar a equipe de transição de governo. Mantega integrava o grupo de planejamento, orçamento e gestão.
Mantega enviou uma carta em que citou como motivo para sair da transição uma condenação no Tribunal de Contas da União (TCU), proferida pela primeira vez em 2016 e depois estendida em 2018, que o impede temporariamente de ocupar cargos públicos (veja íntegra da carta ao fim desta reportagem).
A informação da renúncia de Mantega foi noticiada inicialmente pela colunista do jornal “Folha de S.Paulo” Mônica Bergamo.
Mantega foi ministro do Planejamento no governo Lula e da Fazenda nos governos Lula e Dilma Rousseff.
O nome dele para a equipe de transição do terceiro mandato de Lula havia sido anunciado na semana passada.
De acordo com a assessoria do governo de transição, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, recebeu a carta de renúncia de Mantega e ligou para o ex-ministro. Alckmin agradeceu Mantega pelos serviços prestados à transição.
Polêmica sobre o Banco Mundial
Logo após ser anunciado para a transição, Mantega causou polêmica ao contestar a indicação do governo Jair Bolsonaro para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O governo indicou o ex-presidente do Banco Central Ilan Goldfajn.
Para Mantega, Ilan não era um mau nome, mas não tinha consenso entre os demais países que compõem o BID. Ele relatou que entrou em contato com outros governos e com o BID pedindo o adiamento da eleição, o que não foi concedido pelo BID. A votação está marcada para domingo (20).
Fonte G1 Brasília