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Ex-secretário e lobista vendiam respiradores e insumos para covid

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Além da acusação do envolvimento com o tráfico internacional de drogas, o grupo criminoso do qual ex-secretário de Estado Nilton Borgato e o lobista Rowles Magalhães vendia e obteve lucro durante a pandemia de covid-19, que matou milhões de pessoas pelo mundo. Elas comercializavam equipamentos usados no tratamento da doença.

Os crimes são investigados na Operação Descobrimento, deflagrada pela Polícia Federal na terça-feira (19).


Conforme decisão do juiz federal Fábio Roque da Silva Araújo, consta na representação policial que o grupo tinha variados negócios juntos. Desde equipamento de saúde, drogas e empresa de táxi aéreo.


Na interceptação de ligações e registro de mensagens consta negociações entre eles para o desenvolvimento dos negócios.


“Nilton Borgato, conforme teor dos dados telemáticos, atuou, juntamente com Rowles, Kodama e Ricardo Agostinho, no comércio de produtos da covid-19, como respiradores, máscaras e testes. Todavia, índio, codinome desse agente político na ORCRIM, em conluio com os demais integrantes, também atuou diretamente no tráfico internacional de entorpecentes”, diz trecho do documento.


Na decisão, consta uso “suspeito” de um dos jatos para viagem entre Cascais ( Portugal) e Fortaleza (Brasil) com duração de apenas dois dias, mas que foi estendida por mais 5 sob a justificativa de quem um dos passageiros havia sido contaminado pelo coronavírus. Porém, a Polícia Federal descobriu que o referido viajante já estava em Portugal antes do retorno da aeronave da Fly Away Aviação.


“Ricardo Agostinho, com prisão preventiva já decretada por este Juízo, segundo consta das investigações, é amigo e supostamente sócio de Rowles Magalhães em diversos negócios, desde o comércio de produtos da pandemia da covid-19, à aquisição da empresa de jatos executivos portuguesa OMNI e tráfico internacional de drogas. Organiza, juntamente com Rowles, os voos internacionais do Brasil à Europa para o tráfico de entorpecentes”, diz o a decisão federal.

Operação Descobrimento

A operação tem como base a apreensão de 595 kg de cocaína apreendidas dentro da fuselagem de uma aeronave em fevereiro de 2021, dentro do Aeroporto Internacional de Salvador. O jato Dassault Falcon 900, de uma empresa portuguesa de táxi aéreo, parou para abastecer e durante a inspeção, agentes encontraram a droga.

A partir das investigações, a polícia conseguiu identificar toda a estrutura criminosa atuante nos dois países, compostas por fornecedores de cocaína, mecânicos e auxiliares –responsáveis pela abertura da fuselagem do avião para esconder a droga -, transportadores – que eram responsáveis pelos voos – além dos doleiros – responsáveis pela movimentação financeira do grupo.

São cumpridos 43 mandados de busca e apreensão e 7 mandados de prisão preventiva na Bahia, São Paulo, Mato Grosso, Rondônia e Pernambuco.

Há também cumprimentos de 3 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão em Portugal, nas cidades do Porto e Braga. As medidas judiciais foram expedidas pela 2ª Vara Federal de Salvados e pela Justiça Portuguesa. Foram decretadas ainda medidas de apreensão, sequestro e bloqueio de imóveis, bens e valores das contas usadas pelos investigados.

Fonte: Gazeta Digital

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