O policial militar Max Guilherme, que atuou na segurança do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), vai deixar a cadeia nesta quinta-feira (7), segundo informou ao blog o advogado Admar Gonzaga, que defende Max.
Segundo Gonzaga, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu a soltura numa decisão na quarta-feira (6), e Max vai para casa usando tornozeleira eletrônica.
Max está preso no âmbito das investigações de um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.
Entre os suspeitos está o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid.
Operação investigou inserção de dados falsos no Ministério da Saúde
A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes dentro do inquérito das “milícias digitais” que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Na decisão, o ministro considerou “plausível” a linha de investigação da Polícia Federal de que grupo ligado a Bolsonaro inseriu informações falsas no ConectSUS para obter vantagens ilícitas.
A fraude nos cartões de vacinação do Bolsonaro e da filha de 12 anos aconteceu em 21 de dezembro passado, pouco antes de viajarem para os EUA (no penúltimo dia de mandato). Após ser lançado no ConecteSUS, é possível gerar um comprovante de imunização. Os dados foram retirados do sistema em 27 do mesmo mês, segundo relatório da Polícia Federal (leia mais aqui).
A investigação apontou que teriam sido forjados os certificados de vacinação:
- do ex-presidente Jair Bolsonaro;
- da filha de Bolsonaro, hoje com 12 anos;
- do ex-ajudante de ordens Mauro Cid Barbosa, da mulher e da filha dele.
Essa suposta falsificação teria o objetivo de garantir a entrada de Bolsonaro, familiares e auxiliares próximos nos Estados Unidos, burlando a regra de vacinação obrigatória.
A PF ainda investiga a situação de outros membros da comitiva, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Fonte G1 Brasília