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Fala de Lula sobre economia sofre ressalvas e gera reação negativa no mercado

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A fala do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, a um grupo de parlamentares sofreu ressalvas de economistas e gerou reação negativa no mercado, quando o petista focou seu discurso na questão social e não deixou claro como será sua política fiscal.

Em sua fala, Lula disse que foi eleito com a missão de acabar com a fome no país. E chegou a colocar em dúvida a posição dos que falam em ajuste fiscal quando há pessoas passando fome no Brasil.


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Economistas que apoiaram a eleição de Lula concordam com o foco no social. Afinal, foi a principal bandeira de sua campanha e essa tem de ser, sim, a prioridade de seu futuro governo. Destacam, inclusive, que isso vai gerar crescimento econômico.

Eles ressalvam, porém, que o presidente eleito deveria ter feito um foco mais forte quando falou em estabilidade econômica e fiscal. Lula chegou a citar, em seu discurso, que em seus dois mandatos houve responsabilidade fiscal, com a geração de superávits primários. Mas faltou, na avaliação destes economistas, garantir que haverá uma nova âncora fiscal.

Isso gerou uma reação negativa do mercado à fala de Lula. Operadores do mercado temem a volta de uma política econômica ao estilo de Dilma Rousseff, que gerou recessão e aumento da dívida pública no país, e não algo mais em linha com os dois mandatos do presidente eleito.

O dólar subiu, passou dos R$ 5,30, e a Bolsa operou em queda logo após a fala do presidente eleito. O mercado já estava de mau humor por causa das discussões sobre a PEC da Transição, na qual pode ficar determinado que a exclusão do orçamento do Bolsa Família do teto dos gastos será permanente. O mercado avalia que o recomendável seria algo temporário.

Além disso, a inflação de outubro em alta também foi mal recebida, pois indica a possibilidade de uma taxa de juros na casa dos 13,75% por mais tempo do que o previsto. Por sinal, a equipe de transição classificou o resultado da inflação mais alta no mês passado como “muito ruim”, resultado dos gastos elevados do governo Bolsonaro para tentar garantir a reeleição do atual presidente.

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Fonte G1 Brasília

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