Várzea Grande está prestes a virar uma página histórica. Amanhã, Flávia Moretti, a prefeita que desbancou a reeleição quase certa do antigo mandatário, assume o comando da cidade. Mas Flávia não entra sozinha nesse tabuleiro político: ao seu lado estará Tião da Zaelli, empresário de sucesso e ex-prefeito, com cicatrizes e histórias de quem já encarou as complexidades da gestão pública local.
É uma parceria que, na superfície, pode parecer improvável. Ela, jovem e cheia de vigor, símbolo de uma mudança esperada. Ele, experiente, pragmático, conhecedor das entranhas da máquina pública. Mas é justamente nesse jogo de opostos que reside a força — ou a fragilidade — dessa aliança. Tião, com sua credibilidade e habilidade em evitar confrontos desnecessários, pode ser o equilíbrio que Flávia precisa para navegar pelas turbulências do cargo. Afinal, administrar Várzea Grande não é apenas sobre decisões técnicas, mas também sobre sobreviver ao palco de egos, intrigas e armadilhas políticas.
Flávia, no entanto, terá de demonstrar um atributo fundamental: sabedoria emocional. Saber ouvir Tião sem transformar conselhos em afrontas. Saber administrar vaidades, tanto a própria quanto a do vice. Evitar ser sugada pelas intrigas que, certamente, tentarão separá-los. A cidade não precisa de divisões no alto escalão; precisa de sinergia.
O futuro de Várzea Grande, agora, depende dessa parceria. Se Flávia e Tião entenderem que, juntos, podem somar, o município pode finalmente trilhar um caminho mais promissor. Se não, será apenas mais um capítulo de uma história que o eleitor cansou de ler. Boa sorte, Flávia e Zaelli. A cidade estará de olho.
