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G20 terá grupo de Empoderamento Feminino para discutir igualdade e enfrentamento à misoginia

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Representantes das 20 maiores economias do mundo vão discutir, ao longo dos próximos meses e sob comando do Brasil, temas como o enfrentamento à misoginia e à violência e a busca por igualdade de direitos entre homens e mulheres.

Os debates ocorrerão no Grupo de Trabalho de Empoderamento Feminino no G20 ? que, além dos países, reúne representantes da União Europeia e da União Africana. As reuniões do colegiado foram retomadas nesta quarta-feira (17).

O GT de Empoderamento é uma novidade da presidência brasileira do G20, iniciada em dezembro. A coordenação ficará a cargo da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.

A primeira reunião teve como pauta assuntos como:

  • a divisão sexual do trabalho como fator de desigualdade entre homens e mulheres ? por meio da garantia de empregos e salários superiores aos homens e do trabalho doméstico das mulheres;
  • e assuntos relacionados a justiça climática ? ressaltando que mulheres são as protagonistas das ações territoriais que visam frear o agravamento da crise climática e suas consequências sobre seus povos e territórios.

A primeira-dama do Brasil, Janja da Silva, discursou na reunião inaugural do grupo de trabalho e ressaltou o peso da misoginia e da desigualdade de gênero nas mulheres dos países mais pobres e em desenvolvimento, o chamado “Sul Global”.

?Na nossa realidade desigual, os países do Sul Global que têm sofrido as maiores perdas materiais e humanas. Mas hoje já podemos observar que os países do Norte e os mais ricos também têm percebido o aumento dos impactos em seus territórios e populações”, disse Janja.

“Nesse cenário, as mulheres estão ainda sob maior risco e sofrem de forma desproporcional os prejuízos das crises, considerando seu papel social e histórico de responsabilidade sobre os cuidados dos mais vulneráveis”, continuou.

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Compromissos do G20

Em 2023, na última Declaração dos Líderes do G20, ainda sob a presidência da Índia, os países integrantes do G20 reafirmaram que a igualdade de gênero é um tema de importância fundamental e que investir no empoderamento mulheres e meninas tem efeito multiplicador na implementação da Agenda 2030 da ONU ? um plano de ação para a comunidade internacional com foco para o Desenvolvimento Sustentável até 2030.

Na ocasião, destacaram ainda o ?desenvolvimento liderado por mulheres? como crucial para alcançar a igualdade de gênero e contribuir para o crescimento global do PIB.

Os países do G20 assumiram compromissos como:

  • aumentar a participação das mulheres na força de trabalho;
  • garantir acesso das mulheres à educação de qualidade;
  • promover a plena participação das mulheres no mercado de trabalho, com ênfase em reduzir a disparidade salarial e garantir o acesso igualitário a um trabalho digno e empregos de qualidade;
  • reduzir pela metade a lacuna digital de gênero até 2030;
  • garantir a segurança alimentar, nutrição e bem-estar das mulheres;
  • promover ação climática com inclusão de gênero;
  • eliminar estereótipos e preconceitos de gênero, bem como modificar normas, atitudes e comportamentos que perpetuam a desigualdade de gênero; e
  • eliminar a violência sistemática de gênero.

Os encontros do GT de Empoderamento Feminino acontecem nesta quarta (17) e quinta-feira (18) por videoconferência com representantes dos países do G20. Os representantes do Brasil participam juntos, reunidos em Brasília.

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Sequência de debates

As reuniões a partir desta quarta-feira darão continuidade aos trabalhos que começaram, em dezembro, com as trilhas de Sherpas e de Finanças em Brasília.

Os primeiros encontros dos grupos de trabalho e das forças-tarefa do G20 terão foco no alinhamento dos objetivos da presidência brasileira aos temas centrais que compõem a agenda de cada um dos grupos.

Entre janeiro e fevereiro, serão 33 reuniões dos grupos de trabalho ? todos por videoconferência. A partir de 21 de fevereiro, as reuniões presenciais voltam à agenda.

Nos dias 21 e 22 de fevereiro, acontecerá a primeira cúpula do ano, com chanceleres dos países do G20 no Rio de Janeiro.

Depois, nos dias 26 e 27, reunião dos “Deputies” de Finanças e Bancos Centrais, em São Paulo. E nos dias 28 e 29 de fevereiro, reunião Ministerial de Finanças e Bancos Centrais, também em São Paulo.

Fonte G1 Brasília

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