REDES SOCIAIS

23°C

Gilmar Mendes anula provas da PF sobre Arthur Lira em investigação de compra de kits de robótica

Share on facebook
Share on twitter
Share on telegram
Share on whatsapp
Share on email

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou nesta quinta-feira (10) eventuais provas que tenham sido recolhidas pela Polícia Federal sobre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), numa operação que apura a suposta fraude em licitação e lavagem de dinheiro em Alagoas por meio da compra de equipamentos de robótica com verba federal.

O ministro atendeu a um pedido da defesa do deputado, que teve o aval da Procuradoria-Geral da República. Mendes considerou que a investigação, ao atingir parlamentares com foro privilegiado no STF, não poderia ter sido autorizada pela Justiça Federal de Alagoas. Para o ministro, houve usurpação da competência do Supremo no caso. A decisão está sob sigilo.

Com Isso, um eventual pedido para que a investigação seja arquivada deve ser feito ao STF.

De acordo com a PF, a suspeita é de que suposto esquema tenha desviado R$ 8 milhões entre 2019 e 2022. Os equipamentos, destinados a 43 municípios no estado de Alagoas, foram comprados com verba do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Em julho, Mendes suspendeu toda a investigação da operação Hefesto, portanto, a Polícia Federal e o Ministério Público não podem avançar no caso.

Os advogados do deputado argumentam que a investigação foi irregular porque, desde o início, o objetivo seria apurar o suposto envolvimento de Lira com os fatos. O deputado tem foro privilegiado e só poderia ser alvo de uma eventual apuração após autorização do STF.

As investigações foram iniciadas pela Polícia Federal de Alagoas e a Justiça Federal do estado determinou o envio das apurações ao STF em julho após a PF apontar indícios de envolvimento de autoridades com foro privilegiado no caso.

Segundo a decisão, a Polícia Federal apontou suposto envolvimento do presidente da Câmara, que tem foro privilegiado, por isso, houve a imediata suspensão das investigações na Justiça Federal e a determinação de envio do caso ao Supremo, competente para investigar e julgar parlamentares.

Em manifestação enviada ao STF, a PGR defendeu que as provas contra Lira fossem anuladas. “As circunstâncias revelam que, desde o princípio, existiam, em tese, indícios mínimos, e não meras menções tangenciais, do envolvimento do reclamante [Lira], detentor de prerrogativa de foro na Suprema Corte, nos acontecimentos investigados, com nítida factibilidade de que a apuração criminal pudesse alcançá-lo”, escreveu a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo.

Fonte G1 Brasília

VÍDEOS EM DESTAQUE

ÚLTIMAS NOTÍCIAS