O Ministério da Justiça e Segurança Pública publicou no “Diário Oficial da União” desta segunda-feira (30) a criação de um grupo de trabalho para elaborar, em 60 dias, medidas de combate ao garimpo ilegal em terras indígenas.
A regulamentação da mineração nessas terras era defendida pelo governo Jair Bolsonaro. O combate ao garimpo ilegal ganhou destaque nas ações do novo governo, neste começo de ano, em razão da crise sanitária vivida pelos indígenas Yanomami em Roraima.
Na portaria que cria o grupo de trabalho, o ministério cita “gravíssimas violações de direitos fundamentais ocasionadas em razão do garimpo ilegal em terras indígenas na região amazônica”.
“[…] inclusive com a notícia de desnutrição e fome que ocasionaram cerca de 570 mortes evitáveis de crianças indígenas Yanomamis (Roraima), nos últimos 4 anos”, diz o texto.
A portaria indica ainda que a exploração de minério nas terras indígenas e a venda desses bens pode caracterizar crimes como:
- usurpação de bens da União;
- falsidade ideológica;
- lavagem de dinheiro;
- e condutas previstas na Lei de Crimes Ambientais.
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Ministérios e polícias
O grupo de trabalho será coordenado pela secretaria de Acesso à Justiça, estrutura inédita criada pelo governo dentro do Ministério da Justiça.
A pasta também indicará representantes da Secretaria Nacional de Segurança Pública, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.
Além de autoridades da área de segurança, o grupo terá representantes de cinco ministérios: Povos Indígenas, Minas e Energia, Defesa, Fazenda e Direitos Humanos.
Fonte G1 Brasília