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Governo faz operação para buscar animais sob custódia do Suriname; ao chegar lá, descobre que alguns foram roubados

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O governo federal organizou uma operação para buscar no Suriname animais silvestres brasileiros traficados e que, após serem recuperados, estavam sob custódia daquele país. Mas, ao chegar ao Suriname, as autoridades brasileiras descobriram que parte dos animais havia sido roubada enquanto estavam sob responsabilidade do governo local em uma reserva ambiental da capital Panamaribo.

As informações são do Ministério do Meio Ambiente e do Palácio do Itamaraty.

O Suriname informou que a polícia do país busca os ladrões com os animais.

Ao todo, o Brasil iria repatriar 29 araras-azuis-de-lear e 7 micos leões-dourados que haviam sido traficados.

Enquanto a equipe brasileira se deslocava para o país, durante uma escala em Belém (PA), foi informados pela embaixada do Brasil no Suriname sobre o roubo de 24 das 29 araras-azuis-de-lear.

A força policial do Suriname afirmou em nota que ninguém foi preso até o momento e que o suposto veículo usado no crime foi fotografado. Ainda não há notícias sobre o paradeiro das araras.

O g1 procurou o Ministério de Relações Exteriores, que afirmou ter tomado conhecimento sobre o roubo ainda na terça-feira (22), dia em que a operação partiu para o país vizinho.

O embaixador Raphael Azeredo também entrou em contato com o chanceler do Suriname, Albert Randim, para obter informações sobre o caso e sobre as providências tomadas.

Segundo o Itamaraty, o governo surinamês afirmou que está em coordenação com as autoridades locais responsáveis.

A operação para repatriar os animais silvestres, nativos da fauna brasileira, foi composta por veterinários do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e policiais federais.

As equipes saíram de Brasília numa aeronave da Polícia Federal na manhã de desta terça e retornaram no fim da tarde desta quarta-feira (23) para Guarulhos (SP).

Em nota, a Polícia Federal afirmou que durante a missão do Suriname, iria levantar informações para apurar o tráfico dos animais, bem como identificar possíveis rotas e táticas ilegais usadas pelos biotraficantes.

Os animais que chegaram nesta quarta-feira (23) ao Brasil — os 7 micos e 5 araras — vão passar por avaliação sanitária, exames veterinários e reabilitação.

Depois, os micos-leões- dourado serão encaminhados para o Zoológico Municipal de Guarulhos. Já às 5 araras- azuis serão levadas para Cananéia (SP).

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As espécies traficadas

A?arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari)?é uma espécie exclusiva da Caatinga do Brasil. Atualmente, integra a lista de animais em risco de extinção. A espécie é contemplada no Plano de Ação Nacional para Conservação das Aves da Caatinga e pelo Programa de Manejo Populacional da Arara-azul-de-lear.

O mico-leão-dourado?também é espécie exclusiva da Mata Atlântica do Brasil, e também está na lista de animais em extinção. A espécie é contemplada no Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Primatas da Mata Atlântica e da Preguiça-da-coleira, além do Programa?de Manejo Populacional para a sua conservação.

As duas espécies têm populações extremamente reduzidas na natureza. A maior parte está restrita a Unidades de Conservação sob gestão do ICMBio.

Fonte G1 Brasília

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