O governo montou um cronograma para instalar as comissões mistas para analisar e votar 13 medidas provisórias que precisam ser concluídas ainda no primeiro semestre.
De acordo com o líder do governo no Senado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), houve um acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para não instalar nenhuma comissão nesta semana, em razão do feriado de Páscoa.
Para a semana que vem, serão instaladas as comissões que vão discutir as seguintes MPs:
- MP 1154: que trata da reorganização dos ministérios
- MP 1160: modifica critérios de desempate em julgamentos do CARF
- MP 1162: retoma o programa Minha Casa, Minha Vida
- MP 1164: retoma o programa Bolsa Família
A montagem das comissões mistas tem sido motivo de atrito entre Câmara e Senado.
Lira quer que a tramitação de MPs continue obedecendo o rito atual, adotado na fase aguda da pandemia de Covid. Esse rito prevê que as medidas comecem a tramitar pela Câmara, e não pelas comissões mistas (formadas por deputados e senadores).
O Senado defende a volta das comissões mistas, como prevê a Constituição. A Câmara, para aceitar a volta das comissões, quer que mais deputados sejam representados nesses colegiados.
Lira afirmou, na semana passada, que aceitaria a tramitação de algumas MPs prioritárias do governo Lula em comissões mistas, como a MP do Bolsa Família.
Uma MP passa a valer assim que é publicada pelo governo. Mas perde a validade em 120 dias se não for aprovada pelo Congresso.
“Nada de confusão de ânimos, de puxa e estica entre Câmara e Senado. Eu acho que nós chegamos a um bom acordo, há um bom termo”, afirmou Randolfe.
“Nós temos agora um acordo estabelecido para que todos os líderes estejam presentes na próxima terça-feira [da semana que vem]. E possamos instalar quatro comissões mistas. Então eu diria que o impasse que existia, hoje está superado. Está encerrado. E agora vamos ao trabalho”, completou o senador.
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Fonte G1 Brasília