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Grupo de Dorner entra com ação contra visita do Bolsonaro em Sinop

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O diretório municipal do Partido Democrático Trabalhista (PDT) de Sinop, ligado ao prefeito Roberto Dorner (PL), entrou com ação contra a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Sinop, em abril deste ano. No encontro, o prefeito de Sinop ficou de fora do palanque de Bolsonaro, dando lugar a empresária Mirtes Grotta (Nova), conhecida como Mirtes da Transterra.

O PDT alega propaganda eleitoral antecipada na visita do ex-presidente, além de abuso de poder econômico e político. Mirtes foi convidada para participar do palanque durante a festa agropecuária NorteShow.

“A Requerida ainda andou de trator pelas ruas da feira Norte Show, e participou de jantar com bebidas e comida para alavancar sua candidatura ao lado de JAIR MESSIAS BOLSONARO. Percebe-se claramente que o evento da NORTE SHOW foi para promover a Requerida politicamente, pois ela foi indicada por diversos momentos como sendo a CANDIDATA A PREFEITA DE SINOP”, diz trecho da ação movida pelo PDT.

O documento atinge diretamente Bolsonaro, já que ele que fez questão de ter Mirtes do seu lado durante todo o evento e usou boné com o nome da candidata. A ação ainda aponta abuso de poder político praticado pelo ex-presidente, já que ele citou a candidata diversas vezes.

“No caso dos autos, ocorreu a caracterização do uso de personalidade política, considerado como o “astro pop” da política brasileira Ex-presidente Bolsonaro, de forma arquitetada, com a única finalidade eleitoral e para promover a candidatura antecipada de forma ilícita da candidata Mirtes da Transterra, conforme vídeo publicado pela Requerida em sua rede social, com a antecipação e convite para o ato de campanha eleitoral antecipada”, completa o documento.

Na ação, o PDT pede a quebra de sigilo bancário de Ilson Redivo, presidente do Sindicato Rural, de Moisés Debastiani, presidente da Acrinorte e das entidades que os dois representam. As duas organizações convidaram Bolsonaro para participar da NorteShow.

A visita de Bolsonaro em Sinop, que deixou de lado Dorner, causou ressentimento no prefeito do município. O ex-presidente nunca escondeu as desavenças com Dorner. Bolsonaro falou publicamente que teria irritado o empresário ao construir uma ponte ligando o Acre a Rondônia e onde o prefeito de Sinop possui outorga de balsas que lucrava R$100 mil por dia.

Através de uma articulação liderada pelo senador Wellington Fagundes, Dorner conseguiu entrar no Partido Liberal para se posicionar como candidato “bolsonarista”. Com a chegada do empresário, o partido sofreu debandada de membros, que se migraram ao Partido Novo, rejeitando a presença do prefeito na sigla.

Ligações entre Dorner e PDT

O PDT não aparece oficialmente como partido coligado ao grupo de Dorner, que tem Republicanos, PP, MDB, DC, União, Solidariedade e PRD na lista de apoiadores. Apesar disso, o próprio Dorner esteve presente na convenção do partido, realizada no Hotel Vie no dia 23 de julho.

O tesoureiro do PDT, o advogado Dhione Moura Geraldo da Silva, também mantém relações com o PL, trabalhando como advogado do partido em ações na Justiça Eleitoral. O PDT também é defendido por Gabriela Sevignani e por Daniela Sevignani, as duas irmãs também atuam como advogadas do PL. Daniela Sevignani ocupa cargo comissionado na gestão Dorner como superintendente executiva do Previ, órgão previdenciário da prefeitura de Sinop.

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