A Rússia disse nesta quarta-feira (29) que trava uma “guerra híbrida” contra “Estados hostis” como os Estados Unidos e afirmou avaliar que o conflito na Ucrânia será de longa duração.
“Se a referência for a uma guerra em um contexto mais amplo, um confronto com estados hostis, uma guerra híbrida contra nosso país, então vai durar muito tempo”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ao ser questioando quanto duraria o que a Rússia chama de “operação militar especial” no país vizinho.
A declaração ocorre no momento em que o presidente russo, Vladimir Putin, busca expandir suas áreas de influência para fazer frente ao envio de armas e tanques à Ucrânia por países do Ocidente. Há três dias, ele anunciou que vai posicionar armas táticas em Belarus, país aliado que faz fronteira com a Ucrânia.
Na semana passada, Putin recebeu em Moscou o presidente chinês, Xi Jinping, com quem vem planejando uma “cooperação estratégica”, segundo o Kremlin.
Já na terça-feira (28), o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que uma frota naval disparou mísseis antinavio contra um alvo simulado no Mar do Japão durante exercícios militares. O exercício ocorreu dias depois da visita à Ucrânia do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, aliado do Ocidente.
Um ano de guerra
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A guerra da Ucrânia completou um ano no fim de fevereiro, com a perspectiva de seguir se arrastando ao longo de 2023 e ameaças de Moscou de uma retomada de territórios. O governo russo também tem dado indícios de uma possível parceria com a China.
Kiev, por outro lado, tem se apoiado no envio de armas e equipamentos militares por países do Ocidente, com os tanques alemães Leopard 2, para conseguir expulsar as tropas russas, que controlam atualmente cerca de 20% do território ucraniano, no leste do país.
Fonte G1 Brasília