REDES SOCIAIS

37°C

Haddad acompanhou conversa entre Lula e Trump: ‘Foi positivo’

Share on facebook
Share on twitter
Share on telegram
Share on whatsapp
Share on email

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou nesta segunda-feira (6) a conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente norte-americano, Donald Trump. Os dois líderes participaram de uma videoconferência às 10h30 desta segunda.

Haddad acompanhou a conversa ao lado de Lula no Palácio da Alvorada. Também estiveram presentes o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e os ministros Mauro Vieira (Relações Internacionais) e Sidônio Palmeira (Secom).

Segundo Haddad, a encontro foi positivo. Haddad afirmou que uma nota oficial deve sair pelo Palácio do Planalto com os principais pontos da conversa (leia mais abaixo).

“Recomendou a divulgação de uma nota. Nós combinamos que a nota vai ser a expressão. Foi positivo, mas o alerta vai sair pelo Palácio”, afirmou Haddad, ao chegar ao Ministério da Fazenda.

Possibilidade de conversa

A possibilidade de um encontro entre Lula e Trump foi anunciada no mês passado pelo líder americano durante na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. A conversa ocorre em meio ao tarifaço, com sobretaxa de 50% a produtos brasileiros.

? O presidente norte-americano discursou logo após a fala de Lula, e os dois tiveram um pequeno contato, no qual se cumprimentaram e concordaram em conversar. Segundo Trump, houve uma boa “química” entre Lula e ele.

Na ocasião, Lula afirmou após o encontro que “aquilo que parecia impossível deixou de ser impossível e aconteceu” sobre encontro com Donald Trump durante a Assembleia Geral da ONU e que “pintou uma química mesmo” com o presidente dos Estados Unidos.

??Auxiliares de Lula preferiam um primeiro contato por telefone ou vídeo para depois viabilizar uma reunião presencial entre os presidentes.

??A estratégia permitiria a Lula e Trump tirarem dúvidas e identificarem pontos de convergência e divergência na negociação comercial. Eles também poderiam estabelecer aos poucos uma relação de confiança.

Relação delicada

A difícil relação de Lula com Trump, desde que o presidente norte-americano foi eleito no final de 2024, faz com que o trabalho da diplomacia brasileira seja cauteloso e discreto.

?? Trump tem histórico de idas e vindas de posições e, conforme diplomatas, há o receio de recuo sobre a reunião com Lula, em especial porque auxiliares do líder americano podem tentar atrapalhar a aproximação entre os presidentes.

Trump determinou o tarifaço para interferir nos casos de Bolsonaro, porém a pressão não teve efeito. O ex-presidente foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe e outros crimes.

Lula reafirmou na ONU que a independência do Judiciário e da soberania do Brasil não são temas a serem questionados.

Entretanto, ele reforçou em discursos e entrevistas que está aberto a dialogar sobre comércio com Trump. Temas como regulação de big techs e exploração de terras raras são de interesse dos americanos.

Tarifaço

O tarifaço anunciado pelo presidente Donald Trump foi anunciado de forma paulatina e progressiva com o passar dos meses ? culminando em uma sobretaxa de 50% com início em 6 de agosto a cerca de 36% das vendas externas aos EUA.

O mandatário norte-americano chegou a citar questões econômicas, como um suposto déficit com o Brasil (inexistente de acordo com números oficiais), mas também apontou questões políticas relacionadas com o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e “direitos de liberdade de expressão de cidadãos americanos”, entre outros.

Fonte G1 Brasília

VÍDEOS EM DESTAQUE

ÚLTIMAS NOTÍCIAS