O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na noite desta quarta-feira (28) que explicou para os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), as consequências de eventual derrubada do decreto do governo que aumenta as alíquotas do Imposto sobre Operação Financeira (IOF).
Haddad disse que, por enquanto, as medidas estão mantidas.
A reunião ocorreu na residência oficial da Câmara, em meio a uma insatisfação do Congresso com o aumento do IOF e um crescente clima de derrubada da medida do governo pelos parlamentares.
Haddad disse na saída da reunião que explicou os impactos de uma derrubada do decreto. Segundo ele, sem a arrecadação prevista com a alta do IOF (cerca de R$ 20 bilhões), será preciso cortar mais os gastos do Orçamento.
“Expliquei os impactos de uma eventual rejeição da medida. Isso acarretaria um contingenciamento adicional, e ficaríamos num patamar bastante delicado do ponto de vista do funcionamento da máquina pública”, disse o ministro.
Haddad deixou claro que, no momento, o governo não pensa em revogação.
“Em nenhum momento se discutiu revogação da medida. O que está sendo discutido é como tratar o tema com responsabilidade, olhando para o equilíbrio fiscal e institucional do país”, completou o ministro.
No entanto, Haddad admitiu que Alcolumbre e Motta mencionar risco de derrubada pelo Congresso.
“Os dois presidentes manifestaram uma preocupação muito grande com uma possível rejeição da medida pelo Congresso. Também demonstraram preocupação com a manutenção da medida e pediram que apresentássemos, às Casas, propostas mais estruturantes de médio e longo prazo”, relatou.
Fonte G1 Brasília