O grupo terrorista Hamas devolveu os corpos de mais quatro reféns israelenses, na noite desta quarta-feira (26). As vítimas foram sequestradas em outubro de 2023 e levadas para a Faixa de Gaza.
Os corpos são de Tsachi Idan, Itzik Elgarat, Ohad Yahalomi e Shlomo Mantzur, segundo o grupo terrorista. Em troca, o governo de Israel libertou prisioneiros palestinos.
Desta vez, os corpos foram devolvidos pelos terroristas diretamente à Cruz Vermelha e sem uma cerimônia pública. A medida foi adotada após Israel e autoridades de direitos humanos criticarem ações do Hamas para a devolução de reféns.
No sábado (22), após mais seis reféns serem libertados, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, adiou a libertação dos prisioneiros palestinos e disse que queria garantias para a próxima entrega de reféns pelo Hamas.
Segundo a agência AFP, a soltura de 602 prisioneiros palestinos, que estava inicialmente prevista para acontecer no domingo (23), só aconteceria junto da entrega dos corpos dos reféns. O objetivo era garantir que os terroristas cumpririam com o acordado.
Após os restos mortais serem entregues à Cruz Vermelha, um ônibus com prisioneiros palestinos foi visto saindo de Israel, segundo a agência Reuters.
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Ex-refém apela por continuidade do cessar-fogo
Uma das reféns israelenses libertada após ser sequestrada pelo Hamas falou sobre o que passou durante seu período em cativeiro no Conselho de Segurança das Nações Unidas, na terça-feira (25).
Noa Argamani, resgatada pelas forças de Israel em junho do ano passado, contou que não achava que sairia viva e relembrou tudo que passou depois que a casa onde ela era mantida foi bombardeada.
“Eu não conseguia me mover, não conseguia respirar. Pensei que seriam os últimos segundos da minha vida. Estar aqui com vocês hoje é um milagre.”
Com a segunda fase do acordo de cessar-fogo incerta, Noa também fez um apelo pela continuação da trégua na Faixa de Gaza. O parceiro dela, Avinatan Or, ainda é refém do Hamas.
“Preciso ter certeza de que o mundo saiba disso: o acordo deve prosseguir integralmente, completamente, em todas as etapas”, afirmou.
A enviada da ONU para o Oriente Médio, Sigrid Kaag, que é coordenadora sênior de ajuda humanitária e reconstrução da ONU para Gaza, também falou ao Conselho de Segurança e disse que a retomada das hostilidades no enclave palestino “deve ser evitada a todo custo”.
“O trauma é inegável em ambos os lados. Na minha última visita a Gaza, logo após o cessar-fogo entrar em vigor, fui mais uma vez movida por uma sensação de devastação total e desespero devido à perda, trauma e uma sensação de abandono”, lamentou.
Fonte G1 Brasília