A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta quarta-feira (26) que o impacto da CPI mista que vai investigar os atos golpistas de 8 de janeiro será “zero” na votação do arcabouço fiscal ? a nova regra para as contas públicas.
A CPI mista dos Atos Golpistas foi criada nesta quarta-feira durante sessão do Congresso Nacional. Inicialmente, o governo era contra o colegiado. Mas, quando percebeu que não conseguiria barrar o colegiado, mudou o discurso e passou a ser favorável à comissão.
“Acho que o impacto vai ser zero, eu tenho experiência de parlamento. Acompanho o Senado há quase 20 anos, pois meu pai foi senador. Essa CPI mista é muito diferente da CPI da pandemia, onde todo mundo estava em casa e virou um verdadeiro BBB e estávamos falando de vida”, declarou.
Segundo ela, a CPMI apurará um “fato gravíssimo” que aconteceu em 8 de janeiro, que precisa sim ser apurado. “Sou defensora da instalação de qualquer CPI que tenha fato determinado e assinaturas devidas, pois é o direito das minorias”, acrescentou.
A ministra afirmou, porém, que a proposta de arcabouço fiscal tem apoio do governo e também da oposição. Ela acredita que o texto pode ser aprovado na Câmara ainda em maio, e no Senado até 15 de julho ? quando tem início o recesso.
“Se tivermos o arcabouço aprovado até o final desse semestre [legislativo], portanto, 15 de julho, que é quando é o início do recesso. Acredito que estaremos dando um grande sinalização ao mercado e aos investidores”, declarou.
Na avaliação da ministra do Planejamento, a aprovação do arcabouço até julho permitiria a redução da taxa básica de juros pelo Banco Central logo no início do segundo semestre.
“Arcabouço aprovado no primeiro semestre é um ponto decisivo para começarmos a falar de queda de juros ainda no inicio do segundo semestre”, concluiu.
Fonte G1 Brasília