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Implosão do submarino Titan: veja 6 respostas sobre o colapso do veículo

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Os escombros encontrados no fundo do oceano levaram autoridades a decretar que houve a “implosão do submarino” Titan, que levava turistas ao naufrágio do Titanic, e com isso a morte dos cinco passageiros. A informação de que um som compatível com o da implosão foi captado no domingo (18), o que indica que o colapso ocorreu poucas horas após o submarino mergulhar no Atlântico Norte .

Abaixo, veja perguntas e respostas sobre o que é a implosão e suas consequências:

  1. O que é implosão?
  2. 100 anos antes, por que o Titanic não implodiu?
  3. Qual a diferença entre o caso atual e o do submarino argentino?
  4. Como os materiais do Titan influenciaram na implosão?
  5. Qual o peso que a água exerceu sobre o veículo?
  6. O que pode ter contribuído para a implosão?

1 – O que é implosão?

É o que ocorre quando um objeto, uma estrutura ou um edifício colapsa ou desmorona em direção ao seu centro. É o oposto da explosão, na qual a força que leva à destruição é liberada para fora a partir do centro do objeto.

No caso do ambiente aquático, a implosão ocorreu em razão da pressão externa do mar ter superado a de dentro do submarino.

2 – 100 anos antes, por que o Titanic não implodiu?

Primeiro, por causa da própria estrutura do navio, aberta e não hermeticamente fechada como a de um submarino. O Titanic foi teve sua estrutura progressivamente invadida pela água. Não houve desequilíbrio da pressão externa com a do seu casco.

3 – Qual a diferença entre o caso atual e o do submarino argentino?

O submarino argentino ARA San Juan manteve seu casco relativamente íntegro após a implosão. À época, a Marinha da Argentina disse que o casco permaneceu bastante intacto, apenas com algumas deformações, e que todas as outras partes se desprenderam.

No caso do Titan, que não era feito integralmente de aço, a implosão terminou com sua fragmentação em escombros.

4 – Como os materiais do Titan influenciaram na implosão?

Segundo Thiago Pontin Tancredi, professor do curso de engenharia naval da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e supervisor do laboratório de simulação naval, o Titan era feito de fibra de carbono e titânio, dois materiais sobre os quais há pouco estudo sobre como se comportam quando sujeitos a várias pressões diferentes.

Como é feito de fibra de carbono, a implosão deve ter causado um efeito similar ao vidro estilhaçado, se partindo em muitos pedaços. Já as partes em titânio devem se comportar como metal, ficando retorcidas, segundo a avaliação de Pontin.

  • (MODELO 3D: Deslize o mouse para os lados para ver submarino)

5 – Qual o peso que a água exerceu sobre o veículo?

No caso do ambiente submarino, a medida de pressão é a mais exata para nos referirmos às forças que atuam sobre um objeto e ela não pode ser não pode ser diretamente convertida em uma medida de peso, pois a pressão é uma força por unidade de área, enquanto o peso é uma força devido à gravidade sobre um objeto.

Mas é possível fazer estimativas em quilos-força por centímetro quadrado (kgf/cm²).

Considerando o formato do objeto, que não era plano e se assemelhava vagamente a uma gota, o professor de engenharia naval afirma que a pressão exercida em um submersível a 3,8 mil metros de profundidade é equivalente a um elefante apoiado a cada pedaço de 5 x 5 centímetros (25 centímetros quadrados) do casco.

6 – O que pode ter contribuído para a implosão?

Segundo o professor Tancredi, um dano na estrutura do casco é uma das causas possíveis da implosão.

“Quando submerge e emerge, [o submarino] vai acumulando danos. Não é porque fez a missão uma vez que é seguro. Fazer a missão uma vez significa que ele estava bem dimensionado, mas vai acumulando amassados e trincas, o que pode levar a uma falha estrutural”, afirma Thiago.

A implosão ocorre justamente quando a pressão da água esmaga o casco do submarino, comprimindo-o para dentro. Ainda de acordo com o professor e engenheiro naval Thiago Pontin, um pequeno amassado no casco, ainda que represente algo em torno de 2% de toda a sua superfície, já é suficiente para reduzir a profundidade máxima de operação de um submarino em 50%.

Além de fissuras ou rupturas no casco, outra possibilidade para a implosão de um submarino é justamente a extrapolação do limite de profundidade para o qual foi projetado. Em um caso como esse, mesmo com casco íntegro e sem qualquer problema a bordo, a estrutura pode entrar em colapso se for submetida a pressões maiores do que aquelas para as quais foi projetada.

Ainda no caso de um submarino de guerra, uma implosão poderia ter relação com a detonação de um dos armamentos que por ele é transportado.

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Fonte G1 Brasília

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