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Intervenção “tirou o lixo debaixo do tapete”, diz Sindimed-MT

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Em entrevista, o presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT), Adeildo Lucena foi categórico em afirmar que a intervenção do Estado na Saúde Pública de Cuiabá, decretada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) em dezembro do ano passado foi fundamental, pois “tirou o lixo debaixo do tapete”, ao revelar irregularidades e rombos financeiros da gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

A intervenção foi suspensa pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no dia 5 de janeiro deste ano. Porém, o TJ poderá determinar seu retorno nesta quinta-feira (23/02), data em que acontece a sessão extraordinária do Órgão Especial, atendendo solicitação do desembargador Orlando Perri, responsável pela determinação de intervenção.

“O que a intervenção começou a fazer? Tirar o lixo debaixo do tapete. Por isso, esse medo imenso do prefeito Emanuel Pinheiro, de buscar recurso até em nível federal para evitar essa intervenção. O medo é que se descubra o que está realmente acontecendo, porque a gente precisa saber o que acontece”, afirmou o presidente do Sindimed-MT.

Em oito dias de trabalho, o interventor da saúde de Cuiabá, procurador Hugo Felipe Lima, constatou que só 2022 Emanuel deixou de pagar mais de R$ 164 milhões em despesas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), bem como foi constatada falta de remédios médicos nos postos de saúde da capital de MT.

Além da dívida milionária da saúde, a intervenção também revelou outra dívida com valor parecido, desta vez na Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), que só no ano passado, acumulou R$ 72 milhões em débitos de INSS e FGTS, além de dever R$ 84,6 milhões a fornecedores.

Durante a intervenção, vários servires ligados a Emanuel foram exonerados de suas funções na saúde por irregularidades encontradas na gestão da secretaria. Todavia, após a suspensão da intervenção pelo STJ, Emanuel recontratou todos os exonerados.

O presidente do Sindimed criticou a atitude do gestor, asseverando que a recontratação das mesmas pessoas é uma das razões pela qual a saúde em Cuiabá continuar no mesmo estado precário que se encontrava antes da intervenção.

“As mesmas coisas que estavam acontecendo antes desse período curto de intervenção continuam acontecendo agora. E o que a gestão faz? Coloca a culpa em terceiros. (…) Continua vencendo medicamento, continua faltando médicos, continua a mesma situação, e ela não muda, mesmo com a intervenção e com o risco de uma retomada”, disse.

Sobre a retomada da intervenção, Adeildo Lucena disse ser favorável, desde que decisão seja tomada com base em critérios técnicos.

“Precisava haver essa intervenção. Mas claro, de forma técnica, não política. Nós do Sindimed-MT esperamos que as coisas sejam feitas de forma técnica, que o julgamento do Tribunal seja criterioso e baseado na lei”, pontuou.

*Com informações de MídiaNews

Fonte: Isso É Notícia

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