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Isolamento e cela individual: saiba como é a rotina de Ronnie Lessa em presídio de segurança máxima

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Assassino confesso da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o ex-policial militar Ronnie Lessa começou a ser julgado nesta quarta-feira (30), no Rio de Janeiro. Ele participa da audiência por videoconferência.

A 300 km do 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, onde ele está sendo julgado, fica a Penitenciária ?Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra?, a P1 de Tremembé, no interior de São Paulo, presídio de segurança máxima onde Lessa passou os últimos quatro meses encarcerado.

No presídio do interior paulista, Ronnie Lessa segue isolado dos demais presos, sem ter contato algum com outros detentos. Ele vive em uma cela chamada de ?seguro?.

Lessa chegou à P1 de Tremembé no dia 20 de junho deste ano. Cerca de três semanas depois de chegar ao presídio, Lessa concluiu o período de observação, mas seguiu isolado dos demais presos por medidas de segurança.

Na cadeia, o procedimento para o banho de sol de Lessa é diferente do benefício aplicado aos presos ?comuns?, que têm dois períodos de banho durante o dia, sendo um de manhã e outro à tarde.

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Lessa tem somente um momento de banho de sol, que contempla duas horas do seu dia. O procedimento é semelhante ao que ele tinha na unidade federal em que estava anteriormente, no Mato Grosso do Sul.

Apesar de ter um banho de sol diferente dos demais preso, o horário em que Lessa se alimenta é semelhante aos dos outros detentos: o café da manhã, almoço e jantar são no mesmo horário. Ele come dentro da cela, sozinho.

O cardápio é o padrão servido nos presídios, sendo basicamente arroz e feijão, além de uma proteína, como ovos, frango ou carne. No café da manhã, ele recebe pão com manteiga e café.

O g1 apurou ainda que Lessa não sai do ?seguro?, passando o dia na cela, com exceção do momento em que é permitido o banho de sol.

Na P1 de Tremembé, Lessa também já recebeu a prótese de sua perna. Em junho, ele chegou ao presídio sem o equipamento, necessitando de muletas para andar.

Pedido para ir ao ‘presídio dos famosos’

Pouco menos de um mês depois de chegar à P1 em Tremembé, a defesa de Lessa pediu para que ele fosse transferido à Penitenciária 2 da cidade, conhecida como o ‘presídio dos famosos’.

A defesa de Lessa alegou que as condições em que o preso está submetido inviabiliza que ele possa “exercer qualquer tipo de ofício, como o trabalho interno, oficinas técnicas, Ensino Superior à distância, assistir a palestras, cursos, etc., a fim de assegurar sua ressocialização, visto que, além da superlotação, por questões de segurança, não será possível alocar o ex-policial militar”.

No documento, o defensor de Lessa afirmou que “não se pleiteia aqui qualquer regalia” e disse que “o que se requer é o cumprimento de sua pena de forma justa, em um local reconhecido nacionalmente por assegurar a segurança e o convívio dos internos, proporcionando condições para a ressocialização”.

Em resposta, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) disse, à época, que, desde a chegada de Lessa, foi reforçada a segurança da penitenciária “de forma a garantir totalmente a integridade física do corpo de funcionários, dos demais presos e do próprio custodiado”.

Transferência

Lessa está preso na Penitenciária ?Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra?, a P1 de Tremembé, que atualmente está superlotada.

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O ex-policial militar estava na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e solicitou, em acordo de delação, para ser levado para o complexo prisional de Tremembé.

Ele deixou Campo Grande em um voo fretado da Força Aérea Brasileira (FAB). O avião com Lessa pousou no aeroporto de São José dos Campos. De lá, o ex-policial foi levado até o presídio em um carro da Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo, com escolta da Polícia Federal.

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Fonte G1 Brasília

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