A deputada estadual e vice-presidente do MDB em Mato Grosso, Janaina Riva, falou sobre as articulações do partido em torno das eleições municipais de 2024 e antecipou a respeito dos próximos passos da que irão anteceder o período eleitoral. Isso porque, com a saída por licença do presidente do partido, Carlos Bezerra, a parlamentar é quem ficará responsável pelo comando e organização do grupo.
“Estou aguardando a licença do Bezerra para que eu assuma a presidência do MDB, depois nós já vamos começar a trabalhar nas comissões provisórias, inclusive as de Cuiabá e Várzea Grande já focando nas eleições do ano que vem”, enfatizou à imprensa nesta quarta-feira (15).
Ao falar sobre o pleito municipal, a deputada – que atualmente está de ‘relações cortadas’ com o seu correligionário e prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, destacou que quando se trata da disputa na capital a situação é mais delicada. Visto que, atualmente, o gestor busca emplacar um sucessor com o apoio do partido.
No entanto, segundo Janaina, apesar da capital possuir uma comissão provisória para tratar sobre as eleições, a decisão final é do diretório estadual. Para ela, caso o prefeito não concorde com as deliberações, ele terá a opção de disputar a presidência do partido em agosto deste ano.
“Em Cuiabá nós temos uma comissão provisória, mas cabe ao diretório estadual fazer a indicação da comissão e isso vai ser amplamente discutido com os membros, porque quando se trata de Cuiabá é diferente dos demais municípios e nós queremos debater com todos. Daqui uns dias nós vamos ter a eleição do diretório estadual, que deve ser em agosto e aí ele [Emanuel] pode concorrer à presidência do partido também, caso ele entenda que tenha condições”, disse.
Na ocasião, a parlamentar ainda destacou que apesar de seu conflito com o chefe do Executivo Municipal, irá respeitar a vontade da maioria dos filiados.
À imprensa, a deputada ainda falou sobre a possibilidade de uma sanção dentro do MDB para que Emanuel seja punido por ‘manchar’ a imagem do partido. Segundo ela, além da sigla, o emedebista coloca em risco a credibilidade do atual presidente Carlos Bezerra, que está há cerca de 28 anos no comando do grupo.
“Nós vamos aguardar ainda para ver como vai se dar as investigações que estão acontecendo, não no âmbito da intervenção, mas da Justiça mesmo. O partido vai esperar uma decisão da Justiça para depois tomar uma decisão dentro do MDB, não existe nada definido sobre isso, mas podemos conversar no futuro. Se depender de mim, vai ser a decisão da maioria, como presidente eu vou tentar não pessoalizar a conduta do MDB”, reiterou.
Fonte: Isso É Notícia