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O senador por Mato Grosso, Jayme Campos (União) manifestou durante sessão temática realizada pelo Senado Federal nesta terça-feira (29), com a presença de 20 governadores, para discutir o projeto de reforma tributária. A pauta terminou com muitas dúvidas e grandes divergências. O parlamentar mostrou preocupação com o desfecho da matéria, especialmente quanto a geração a possibilidade de seguir os desequilíbrios inter-regionais.
“Lamentavelmente, me parece que vai ter só o ganha-ganha, e não é por aí. Particularmente eu quero já manifestar que não vou aceitar ‘goela abaixo’ aqui nenhuma imposição”, disse o senador.
Dentre outras mudanças, a PEC propõe a extinção de cinco impostos, entre eles o ICMS (estadual) e o ISS (municipal), e a criação de um tributo único, o IBS. Governadores e prefeitos temem perder autonomia sobre a própria receita com esse novo desenho do sistema tributário. A configuração e o funcionamento do Conselho Federativo a ser criado pela reforma tributária foi um dos pontos levados à discussão pelos governadores
Jayme salientou a necessidade de uma reforma tributária que possa atender a aspiração da sociedade brasileira e dos que contribuem na prestação, na geração de emprego, renda, no recolhimento de seus tributos. Ele criticou a falta de clareza quanto as eventuais mudanças. “Muitas pessoas achavam que ia ter leite na torneira de graça, que energia elétrica não se ia pagar, que água não se ia pagar, e não é verdade. E com essa reforma tributária prevista, pelo que me chega, lamentavelmente, é uma grande concentração”, comentou.
O senador também destacou a preocupação quanto a concentração de renda nos três estados do Sudeste. “Somos grandes produtores, sabem disso perfeitamente. Quase 100 milhões de toneladas, Mato Grosso produziu. O que se percebe é que a distribuição vai ficar concentrada na mão de três estados: Rio, São Paulo e Minas Gerais” “, criticou.
“O sonho de todos nós é fazer uma reforma que possa, de fato, permitir nós acabarmos com esse excesso de tributos, sobretudo, dar celeridade e permitir que os estados possam continuar crescendo, se desenvolvendo, principalmente os estados do Centro-Oeste, do Norte e do Nordeste”, disse.
Fonte: Isso É Notícia