Após assumir a presidência da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa (ALMT), o deputado estadual recém-empossado Júlio Campos (União), negou nesta sexta-feira (10) que a escolha de seu nome para comandar a comissão tenha gerado algum tipo de desconforto ao governador do Estado, Mauro Mendes (União).
Isso porque, o interesse do chefe do Executivo é que houvesse a criação de um “blocão” governista, para que assim, seus aliados na Casa, pudessem assumir até duas vagas na comissão permanente ‘mais importante’ da Assembleia.
“Não tem como ser um problema para o Governo, eu sou militante do partido, sou fundador, antes do governador entrar na sigla nós já estávamos nela. O Sebastião Rezende será o meu suplente vamos fazer um rodízio às vezes, pra ele ficar como titular, não há nenhum desentendimento sobre isso, graças à Deus”, disse à imprensa.
Segundo Júlio, apesar do interesse do governador, dificilmente haverá alguma alteração nos blocos já formados.
“A CCJ é regimental, cada bloco e cada partido tem direito a apenas uma vaga, como são cinco membros na Comissão e são cinco blocos na Assembleia, ficou decidido que cada bloco indicaria um membro. Acontece que, se o Governo conseguir articular um blocão, apesar de nessa altura do campeonato ser difícil, seria vantajoso para gente”, afirmou.
Blocos finalizados
Na última quarta-feira (8), em conversa com os jornalistas, o Júlio chegou a falar sobre os blocos formados na Assembleia para esta legislatura. Na ocasião, ele garantiu que seriam com cinco, ao total. Sendo eles, quatro de ‘partidos mistos’ e um bloco do Governo, que irá reunir os deputados aliados ao governador do Estado
Intitulado de “bloco Governista”, o grupo será comandado pelo líder do Governo na AL, Dilmar Dal Bosco (União), o vice-líder, Beto Dois a Um (PSB), Paulo Araújo (PP), Carlos Avalone (PSDB) e os deputados do União Brasil – partido de Mendes – Júlio Campos, Eduardo Botelho e Sebastião Rezende.
Já o “bloco Experiência e Trabalho”, fica sob a liderança do deputado Wilson Santos (PSD) e conta ainda com a participação de Valdir Barranco (PT), Lúdio Cabral (PT), Nininho (PSD) e Diego Guimarães (Republicanos).
Sob liderança da deputada Janaina Riva, o “bloco Movimento Democrático Brasileiro” – mesmo nome da sigla ao qual faz parte MDB – é integrado pelos demais deputados do partido: Dr. João, Juca do Guaraná Filho e Thiago Silva.
O “bloco Direita Democrática” será liderado por Elizeu Nascimento (PL) e é composto ainda pelos deputados Faissal (Cidadania), Claudio Ferreira (PTB) e Gilberto Cattani (PL).
E por fim, sob a liderança do Dr. Eugênio (PSB), o “bloco Partido Social Brasileiro” também contará com os demais nomes do partido, com exceção de Beto, que irá compor com os governistas. Sendo assim, o grupo será composto por Max Russi (PSB) – atual primeiro-secretário da ALMT, Fabio Tardin (PSB) e Valmir Moretto (Republicanos).
A formação de blocos parlamentares constitui uma das principais articulações políticas lideradas pelos deputados estaduais após a instalação de uma nova legislatura. O arranjo é requisito para indicação dos membros das comissões permanentes existentes na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e também para composição do Colégio de Líderes.
De acordo com o Regimento Interno da Assembleia Legislativa, cada bloco parlamentar deve ser composto por, no mínimo, um sexto da composição da Assembleia Legislativa, ou seja, quatro deputados.
Fonte: Isso É Notícia