Nesta segunda-feira (27), duas indicações que eram esperadas havia dois meses – foram anunciadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Primeiro, a do ministro da Justiça, Flávio Dino para ocupante da vaga aberta no Supremo Tribunal Federal. E a outra do procurador Paulo Gonet para Procurador-Geral da República.
Para a jornalista Renata Lo Prete, as indicações do presidente ?passaram longe das demandas de gente que o apoio na eleição, e do próprio PT?.
“Assim como na primeira escolha deste mandato para o Supremo, a de Cristiano Zanin, que era advogado do presidente, nas duas indicações de hoje – para o Tribunal e para a PGR – Lula passou longe das demandas de gente que o apoiou na eleição, como por mais mulheres e negros no STF e das demandas do próprio PT, que patrocinou outros candidatos para cada uma dessas vagas”, analisa.
Lo Prete também ressalta que a escolha para a PGR, foi “política”, assim como foi a escolha de Dino para o STF.
“A escolha para a PGR foi política – Paulo Gonet é um nome considerado sóbrio, mas duro com o golpismo de Jair Bolsonaro, do agrado do Congresso e apoiado por dois ministros muito influentes do Supremo – Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Assim como foi política a escolha de Dino – de longe a figura do governo que mais se expôs no confronto com a oposição depois do 8 de janeiro. Um nome que – Lula espera– poderá ajudá-lo inclusive com um certo reequilíbrio de forças dentro do Tribunal”, destaca.
“Hoje ficou claro que alguns movimentos recentes – como os votos dados por governistas no Senado, na semana passada, para aprovar a emenda que limita as decisões monocráticas no Supremo, uma pauta da oposição – tiveram por objetivo aplainar o caminho para a aprovação de Dino pelo plenário do Senado”, completa.
LEIA TAMBÉM:
Fonte G1 Brasília