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Lotufo Engenharia leva obra de R$ 58,2 milhões no Parque Novo Mato Grosso, símbolo do apartheid social de Mauro Mendes

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Mauro Mendes consolidou seu projeto de segregação social ao transformar o Parque Novo Mato Grosso na Casa Grande, deixando Cuiabá e Várzea Grande na senzala. Oficialmente vendido como um espaço de lazer e eventos, o parque é, na prática, um playground bilionário para a elite do agronegócio, financiado com dinheiro público. A mais recente fatia desse bolo veio em maio de 2024, quando a empresa Lotufo Engenharia e Construções Ltda. foi contratada por R$ 58.275.686,10 para cobrir o “Espaço Show” do parque. Uma estrutura para grandes espetáculos, mas que, ironicamente, exclui o verdadeiro espetáculo: o povo.

O contrato original, assinado em 27 de maio de 2024, já era um escárnio, mas a história não parou aí. Publicado no Diário Oficial de hoje (14 de fevereiro de 2025), um termo aditivo prorrogou o contrato por mais oito meses, de 11 de fevereiro de 2025 a 10 de outubro de 2025. Assim como tudo no Parque Novo Mato Grosso, a obra se arrasta e o orçamento segue aberto para futuras injeções de dinheiro público.

A assinatura do aditivo mantém o mesmo enredo: pela contratante, MT Participações e Projetos S.A. (MT-PAR), assina Wener Klesley dos Santos; pela contratada, Francisco Lotufo Neto. O documento justifica a prorrogação com base na Cláusula Quarta do contrato original e na Lei 13.303/2016, que permite estender contratos por até cinco anos. A justificativa técnica pode convencer quem lê o Diário Oficial, mas não quem enxerga a realidade.

O Parque Novo Mato Grosso se tornou o maior símbolo do apartheid social mato-grossense. Enquanto bairros populares enfrentam ruas esburacadas, falta d’água e transporte precário, milhões são despejados nessa estrutura faraônica que atende ao gosto e ao luxo dos barões do agronegócio. O mesmo governo que enterrou o VLT e proibiu os ribeirinhos de pescar agora constrói o templo do privilégio, um monumento à desigualdade.

Diante de mais esse capítulo, a pergunta que fica é: até quando Cuiabá vai aceitar ser transformada em senzala? Até quando o povo assistirá calado à construção da Casa Grande moderna, onde os ricos se divertem e os pobres pagam a conta? A resposta ainda não veio, mas o tempo do silêncio precisa acabar.

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