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Lula diz que se eleito recriará Ministério da Pesca e ‘boiada não vai passar mais’ no meio ambiente

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O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta sexta-feira (2) que se for eleito recriará o Ministério da Pesca. Em encontro com indígenas, no Pará, Lula disse também que a “boiada não vai passar mais” no meio ambiente em um eventual novo governo do PT.

A fala sobre “boiada” é uma referência à declaração de Ricardo Salles, ex-ministro do Meio Ambiente do governo Jair Bolsonaro. Em uma reunião ministerial em abril de 2020, em meio à pandemia da Covid-19, Salles afirmou que a crise sanitária ? principal foco da mídia e da sociedade à época ? era uma oportunidade para “ir passando a boiada” e fragilizar regras ambientais.

Durante discurso no evento em Belém (PA), Lula disse que países importadores de produtos agropecuários evitam comprar de quem agride o meio ambiente para produzir. E que isso tem preocupado os grandes produtores brasileiros que atuam com responsabilidade.

“Quero dizer a vocês [indígenas] que a boiada não vai passar mais. Porque nós temos que criar na sociedade brasileira a consciência de que a manutenção da floresta em pé é mais saudável e rentável do que tentar derrubar árvore para plantar soja, milho, cana, ou para criar gado”, declarou o petista.

“Os grandes produtores que têm responsabilidade, porque vendem o seu produto no mercado estrangeiro, não querem correr o risco de serem prejudicados por causa da violência contra a nossa Amazônia”, acrescentou Lula.

Em outro momento do discurso, o petista afirmou que, caso seja eleito, recriará o Ministério da Pesca. “Quero dizer aos pescadores que nós vamos recriar o Ministério da Pesca, porque é uma vergonha um país que tem oito mil quilômetros de costa marítima, que tem 12% de água doce do mundo, a pesca estar ligada ao Ministério da Agricultura”, disse o presidenciável do PT.

A uma plateia composta por lideranças e povos originários na capital do Pará, Lula também defendeu a demarcação de terras indígenas e o combate ao garimpo ilegal.

Fonte G1 Brasília

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