O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente francês, Emmanuel Macron, pediram nesta sexta-feira (10) que Nicolás Maduro retome “o diálogo com a oposição”.
“França e Brasil estão dispostos a facilitar uma retomada dos intercâmbios que possa permitir um retorno da democracia e da estabilidade na Venezuela”, indicou a presidência francesa em comunicado, no qual relatou a conversa telefônica entre os dois chefes de Estado. “Todas as pessoas detidas por suas opiniões ou por seu compromisso político devem ser libertadas imediatamente.”
Posse de Maduro
Nicolás Maduro tomou posse em uma sessão solene na sede da Assembleia Nacional em Caracas.
Em seu discurso, Maduro fez críticas à oposição venezuelana, que reconhece Edmundo González Urritia como vencedor do pleito de julho de 2024, e chamou o presidente Javier Milei de “sádico social”.
Maduro também falou em seu discurso, sobre o Brics: “A Venezuela já é do Brics desde que Bolívar triunfou em Junín”, disse, em referência à batalha vencida pelo herói da independência da América espanhola. “A Venezuela pertence aos Brics há mais de 200 anos”, completou.
A cerimônia de posse foi marcada pela falta de lideranças internacionais de grandes democracias, o que expôs o isolamento de Maduro e da Venezuela. Entre os chefes de Estado presentes, por exemplo, estava o ditador da Nicarágua, Daniel Ortega.
O Brasil enviou a embaixadora em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira, para acompanhar a posse.
A cerimônia, presidida pelo chavista Jorge Rodríguez, encerra um processo eleitoral marcado pela falta de transparência, autoritarismo e violência extrema contra qualquer pessoa que ousou se opor ao atual regime.
A líder opositora venezuelana María Corina Machado afirmou que Maduro consumou um golpe de Estado ao tomar posse para um terceiro mandato, nesta sexta-feira (10).
Fonte G1 Brasília