Na agenda em Havana, capital de Cuba, está prevista a ida de Lula para reunião de cúpula do G77, grupo de países em desenvolvimento. A China foi convidada para a cúpula.
De acordo com o Palácio do Itamaraty, as discussões devem girar em torno de alternativas para o crescimento econômico e o papel da ciência e da tecnologia.
Também devem ser debatidas medidas para conter as mudanças climáticas.
?Se articula no grupo e nas negociações uma maneira dos países em desenvolvimento adquirirem um poder de barganha mais amplo”, afirmou o secretário de Assuntos Multilaterais do Ministério das Relações Exteriores, Carlos Márcio Cozendey.
“O tema escolhido pela presidência cubana para a cúpula do G77 + China deste ano [ciência e tecnologia], é especialmente oportuno na realidade atual. São ferramentas necessárias e desafiadoras para o desenvolvimento dos países?, completou.
Cozendey informou também que a declaração que será firmada pelos chefes de Estado e de governo Havana foi negociada ao longo dos últimos meses.
O documento, segundo ele, vai apontar caminhos para superação dos problemas dos países em desenvolvimento. Ele ressaltou que o Brasil pode desempenhar papel relevante nesse movimento.
Assembleia-Geral da ONU
Tradicionalmente, é um presidente brasileiro que faz o primeiro discurso, entre chefes de Estado, da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York. O encontro ocorre em todos os anos no mês de setembro.
O discurso de Lula será na terça-feira (19).
?De certa forma essa presença na Assembleia-Geral coroa um início de governo em que o presidente procurou ter uma atuação bem intensa para recolocar o Brasil no cenário internacional e retomar a participação ativa nos fóruns multilaterais”, afirmou o secretário do Itamaraty.
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Um dos temas da cúpula nesta ano será a “reavivação da solidariedade global”.
Durante a sua passagem por Nova York, Lula deverá se encontrar com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e com o Diretor da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom.
O presidente também deverá ter encontros bilaterais com outros chefes de Estado. Há uma possibilidade de conversa com Joe Biden, presidente dos Estados Unidos.
Fonte G1 Brasília