Lula recebeu Sullivan no hotel onde está hospedado em Brasília. No encontro, entre outros temas, os dois trataram de uma possível visita de Lula ao presidente norte-americano, Joe Biden.
“Recebi hoje do conselheiro de segurança norte-americano, Jake Sullivan, o convite do presidente Joe Biden para visitá-lo na Casa Branca. Estou animado para conversar com o presidente Biden e aprofundar a relação entre nossos países”, afirmou Lula sobre o encontro em uma rede social.
Além de Lula e Sullivan, participaram do encontro, pelo lado norte-americano: Juan Gonzales, assessor do governo dos EUA para América Latina; Ricardo Zúñiga, vice-secretário de Estado para assuntos de Hemisfério Ocidental; e Douglas Koneff, encarregado de negócios da embaixada no Brasil.
Da equipe de Lula, estavam presentes o senador Jaques Wagner (PT-BA), o ex-ministro de Relações Exteriores Celso Amorim e o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, que está cotado para assumir o Ministério da Fazenda em 2023.
Após a reunião, o ex-chanceler Celso Amorim afirmou em entrevista que Lula foi formalmente informado do convite de Biden para que Lula visite os EUA.
A viagem de Lula aos Estados Unidos só deve ocorrer após a diplomação do petista como presidente da República pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), marcada para o próximo dia 12.
Segundo Amorim, o presidente eleito não descartou viajar ainda em dezembro, mas indiciou que prefere viajar em janeiro, após a posse na Presidência da República.
Lula citou providências que precisam ser adotadas, negociações em curso em Brasília, para justificar a preferência por viajar em 2023.
?[Lula] valorizou muito o fato de o convite ser feito desta maneira, mas que talvez não desse para estar antes da posse. Mas que ele acha que dá para ir logo no início do ano também já em uma visita oficial como presidente?, disse Amorim.
Relação Brasil-EUA
Almirante, Flávio Rocha é um dos auxiliares de confiança do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Integrante da equipe do presidente americano, Joe Biden, Sullivan terá em Brasília agendas separadas com Lula e com o atual secretário de Assuntos Estratégicos do governo brasileiro, Flávio Rocha.
Antes da reunião com Lula, o governo americano informou em nota que Sullivan viajou para o Brasil discutir a relação dos dois países e formas de trabalho conjunto em áreas como clima, segurança alimentar, inclusão, migrações e democracia.
As equipes de Lula e Biden apostam em uma relação mais próxima do que a mantida atualmente com a Casa Branca por Bolsonaro, apoiador do ex-presidente Donald Trump.
Há expectativa de atuação conjunta, em especial, na agenda de preservação da Amazônia e combate às mudanças climáticas.
Sullivan veio ao Brasil em agosto de 2021, quando se encontrou com Bolsonaro e membros de seu governo, como o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, e o vice Hamilton Mourão.
Fonte G1 Brasília