O presidente eleito, Lula (PT), recebeu 7,7 milhões de votos a mais no Sudeste no segundo turno das eleições 2022 do que Fernando Haddad quando foi candidato à Presidência da República em 2018. Em números absolutos, o desempenho este ano do petista foi melhor em todas as regiões.
Veja a diferença no número de votos recebidos por Lula em relação a 2018 em cada região:
- Sudeste: +7,7 milhões
- Centro-Oeste: +928 mil
- Norte: +655 mil
- Nordeste: +2,2 milhões
- Sul: +1,6 milhão
Já Bolsonaro perdeu votos no Sudeste e no Sul quando comparado à sua votação no segundo turno de 2018.
Veja a diferença no número de votos recebidos por Jair Bolsonaro em relação a 2018 em cada região:
- Sudeste: – 1,3 milhão
- Centro-Oeste: +168 mil
- Norte: +539 mil
- Nordeste: +1,1 milhão
- Sul: -144 mil
Percentuais de voto
O avanço é ainda mais perceptível no Sudeste quando se analisa o percentual de votos dos dois candidatos, Lula e Haddad, nas duas eleições na região, que é a mais populosa do país.
Lula teve 13 pontos percentuais a mais que o ex-ministro da Educação no estado de São Paulo (44,76% a 32,03%), 11 pontos no Rio de Janeiro (43,47% a 32,05%), 8 pontos em Minas Gerais (50,19% a 41,81%) e 6 pontos no Espírito Santo (40,51% a 34,78%).
Em termos percentuais, no entanto, o desempenho foi levemente pior no Nordeste quando comparado com Haddad na disputa passada.
O petista também avançou no Sul e Centro-Oeste, apesar de o partido não ter conquistado a maioria dos votos em nenhum estado das duas regiões. No Distrito Federal, por exemplo, Lula teve 11 pontos percentuais a mais que Haddad (41,19% a 30,01%).
Votação por estado
Em votos totais, Lula teve mais votos que Haddad em 26 dos 27 estados brasileiros ? perdeu somente em Roraima, estado que Bolsonaro teve melhor desempenho em 2022, com 76% dos votos.
Em porcentagem de votos válidos, todavia, Lula perdeu espaço em 9 estados, 6 deles no Nordeste e 3 deles no Norte. São eles: Pará (-0,06%), Piauí (-0,2%), Sergipe (-0,33%), Bahia (-0,57%), Ceará (-1,14%), Amapá (-1,19%), Alagoas (-1,24%), Maranhão (-2,13%) e Roraima (-4,53%).
A performance de Bolsonaro é inversa a de Lula: cresceu nos 9 estados e perdeu espaço nos demais. Ele também reduziu a presença em todas as regiões, com exceção do Nordeste, onde teve um leve crescimento.
Fonte G1 Brasília