Um dos passageiros do submarino turístico que desapareceu em uma expedição aos destroços do Titanic é Paul-Henry Nargeolet, um ex-comandante da Marinha Francesa que é considerado o principal especialista no local do naufrágio, de acordo com veículos de comunicação do Canadá e da Inglaterra.
O jornal “The Guardian” afirmou que acredita-se que Nargeolet esteja a bordo do submarino. A Radio Canada atribuiu a informação a um outro passageiro: Hamish Harding.
Hardin, um bilionário britânico, afirmou em sua página no Facebook que estaria no submarino turístico. Na rede social, ele afirmou que estaria acompanhado de exploradores famosos, e citou o nome de Paul-Henri Nargeolet.
A rádio também ouviu um mergulhador do Canadá, Larry Daley, que confirmou que Nargeolet tinha planos para participar desta expedição turística.
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Quem é Nargeolet
O francês fez parte, em 1987, da primeira expedição para recuperar objetos do Titanic. Desde então, ele liderou várias expedições ao local e supervisionou a recuperação de 5.000 artefatos, incluindo uma parte do casco do Titanic de 20 toneladas.
Nargeolet, além de ex-comandante da Marinha francesa, é um mergulhador experiente e piloto de submarino.
Como diretor de pesquisa subaquática para o Grupo E/M e Titanic, Inc, ele é considerado o principal especialista no local do naufrágio, e é possível que ele estivesse encarregado pelo submersível durante o mergulho, com outros quatro passageiros ao seu lado.
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Primeira vez no naufrágio
Em uma entrevista de 2012, Nargeolet descreveu o primeiro mergulho nos destroços do Titanic. Na ocasião, ele disse que os adornos da quilha do navio ainda eram brilhantes, “limpos como se alguém os tivesse lustrado nesta mesma semana”.
O ex-militar afirmou que chegou a ficar emocionado ao ver milhares de objetos no fundo do oceano e da degradação progressiva dos restos do navio.
“É a escuridão absoluta. Utilizamos projetores, mas é um pouco como as luzes de um carro, não chegam muito longe. A água é extremamente fria, entre zero e um grau, e há corrente mais ou menos forte”, disse Nargeolet.
“A visibilidade varia e, em alguns dias, parece que neva sobre o barco devido às partículas que descem em geral da Corrente do Golfo”, disse ele.
Ele também falou sobre a primeira expedição: “Éramos três no submarino. Durante dez minutos não houve uma palavra. Normalmente fala-se muito em um submarino, mas a emoção era muito forte. Era magnífico. Tivemos a sorte de chegar à parte dianteira, percorremos o casco. Estávamos certos de que era o Titanic”.
Desaparecimento do submarino turístico
O submarino turístico que desapareceu é da empresa OceanGate, que faz expedições até os destroços do Titanic. Há cinco pessoas dentro da embarcação.
Os restos do Titanic ficam a cerca de 600 km da costa do Canadá.
As guardas costeiras dos Estados Unidos e do Canadá fazem operações de busca e resgate. Os canadenses afirmaram que enviaram uma aeronave militar e um navio para auxiliar.
A OceanGate cobra US$ 250 mil (R$ 1,19 milhão) de cada passageiro por um lugar em sua expedição para ver os destroços.
Na semana passada a empresa começou a quinta “missão” aos destroços do Titanic, de acordo a página na web da empresa. A previsão de fim da viagem era na próxima quinta-feira.
A viagem dura oito dias. Para descer até o local dos destroços, que fica a uma profundidade de 3.800 metros no Oceano Atlântico, o submersível leva cerca de 2,5 horas.
Fonte G1 Brasília