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Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Marcos do Val (Podemos-ES) foi alvo de uma operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (15). Agentes estiveram no gabinete do parlamentar no Congresso Nacional e cumpriram mandados de busca e apreensão.
Marcos do Val é suspeito de tentar obstruir as investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, quando vândalos bolsonaristas radicais invadiram e depredaram o Congresso, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal. Na ocasião, os radicais danificaram obras de arte e destruíram móveis e equipamentos de trabalho.
Em entrevista à GloboNews, Marcos do Val atribuiu a operação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, a um eventual sentimento de Moraes de se ver “afrontado” por um pedido de convocação apresentado à CPI mista do Congresso que investiga os atos golpistas.
Mas esta não foi a primeira operação da Polícia Federal no Congresso Nacional autorizada pela Justiça.
O g1 lista abaixo alguns exemplos de ações em gabinetes de parlamentares nos últimos anos.
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2019 – Sérgio Souza
Em outubro de 2019, a Polícia Federal deflagrou a Operação Grand Bazaar, autorizada pelo STF, que investigou um suposto esquema de fraudes em fundos de pensão.
Na ocasião, agentes da PF cumpriram mandados na Câmara dos Deputados, no gabinete do deputado Sérgio Souza (MDB-PR). À época, o deputado se disse “tranquilo” e que estava “à disposição” da Justiça.
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2019 – Fernando Bezerra Coelho
Em setembro de 2019, a PF deflagou a Operação Desintegração, autorizada pelo STF, que apurou irregularidades em obras na região Nordeste no período em que o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) era ministro do governo Dilma Rousseff.
Agentes da PF cumpriram mandados no gabinete de Fernando Bezerra no Senado, à época líder do governo Jair Bolsonaro. Na ocasião, a defesa do parlamentar disse que a operação causou “estranheza” porque se referia a “fatos pretéritos”.
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2018 – Ciro Nogueira e Eduardo da Fonte
Em abril de 2018, autorizada pelo STF, a Polícia Federal deflagrou uma ação para investigar a suposta tentativa de obstrução de Justiça por parte de alvos da Operação Lava Jato.
Na ocasião, agentes da PF cumpriram mandados nos gabinetes de Ciro Nogueira (PP-PI) no Senado e do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) na Câmara. Na ocasião, os dois parlamentares negaram a tentativa de obstruir investigações e se disseram “à disposição” da Justiça para prestar esclarecimentos.
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2017 – Aécio Neves
Em maio de 2017, a Polícia Federal deflagrou uma operação após as delações de empresários da JBS e cumpriu mandados no gabinete do então senador Aécio Neves (PSDB-MG), atualmente deputado federal. A ação foi autorizada pelo STF.
Na ocasião, foi tornada pública uma gravação na qual Aécio pedia R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista para pagar sua defesa na Operação Lava Jato. À época, a assessoria do parlamentar disse que ele estava tranquilo quanto à correção de seus atos e que o pedido de dinheiro a Joesley tinha caráter pessoal.
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2015 – Eduardo Cunha
Em dezembro de 2015, a PF deflagrou a Operação Catilinárias, desdobramento da Operação Lava Jato que buscou evitar que alvos das investigações destruíssem provas ou se desfizessem de bens adquiridos com recursos oriundos de dinheiro desviado. A operação foi autorizada pelo STF.
Na ocasião, agentes da PF cumpriram mandados na residência oficial da Câmara quando Eduardo Cunha (então no MDB) presidia a Casa e também no gabinete da Diretoria Geral da Câmara. À época, a defesa de Cunha afirmou que não havia provas contra ele.
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2015 – Delcídio Amaral
Então líder do governo Dilma Rousseff no Senado, o então senador Delcídio Amaral (à época no PT) foi alvo de uma operação da PF em novembro de 2015 por suposta tentativa de atrapalhar as investigações da Lava Jato. A ação foi autorizada pelo STF.
Na ocasião, Delcídio foi preso, e agentes da PF cumpriram mandados no gabinete dele no Senado. Quatro meses depois, em março de 2016, Delcídio fechou acordo de delação premiada.
Um ano e meio depois, em setembro de 2017, o Ministério Público pediu à Justiça que Delcídio perdesse os benefícios da delação por estar “agindo apenas em interesse próprio” e ter “mentido” ao fazer acusações contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Fonte G1 Brasília