Com firmeza e sensatez, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Max Russi (MDB), foi o destaque da audiência pública realizada no Senado Federal nesta terça-feira (23), ao defender com eloquência a constitucionalidade da Lei Estadual 12.709/2024 — atualmente suspensa por decisão liminar do Supremo Tribunal Federal. Em seu discurso, Max reiterou que a norma aprovada pelo parlamento mato-grossense nasceu do diálogo com o setor produtivo e da escuta à sociedade, e foi construída para corrigir distorções sem afrontar o ordenamento jurídico ou as normas ambientais. “A Assembleia não agiu de forma leviana”, afirmou, apontando que o equilíbrio entre produção e preservação é não apenas possível, mas necessário.
A intervenção do parlamentar trouxe à tona uma crítica incisiva ao que classificou como “ambientalismo de gabinete” — políticas distantes da realidade do campo, que ignoram as particularidades regionais e impõem instabilidade jurídica. Para Max Russi, o afastamento da realidade rural por parte de decisões centralizadas e influenciadas por pressões externas compromete a confiança dos produtores, afugenta investimentos e ameaça a própria sustentabilidade do setor agrícola, que hoje é um dos pilares da economia brasileira. O deputado defendeu o Código Florestal de 2012 como uma das legislações mais severas do mundo, ressaltando que os produtores de Mato Grosso têm cumprido com rigor suas obrigações ambientais.
Ao reforçar o protagonismo do setor produtivo e denunciar a insegurança gerada por intervenções judiciais descoladas do pacto federativo, Max Russi não apenas defendeu os interesses legítimos de Mato Grosso, mas reposicionou o estado como exemplo de uma nova síntese entre desenvolvimento e conservação. Seu discurso, respeitoso e técnico, ressoa como um chamado à razão: é possível proteger o meio ambiente sem sacrificar quem produz, desde que prevaleçam o diálogo, o equilíbrio e o respeito às leis democraticamente aprovadas.