Em mais um espetáculo pago com dinheiro público, a primeira-dama Virgínia Mendes promoveu um evento digno de novela das nove: Maurício Mattar no vocal, Márcia Sensitiva nas previsões, comida e chopp liberado, tudo bancado pelo dinheiro público — ou melhor, por mim, por você, por todos nós. A numeróloga pode até prever o futuro da humanidade, mas não sentiu o peso de ver recursos públicos virarem festa. Enquanto a saúde afunda, a educação clama por socorro e o servidor implora por valorização, o governo de Mato Grosso parece viver em outro plano astral — onde gastar sem pudor virou religião. E o mais curioso: o evento em “homenagem ao Dia das Mães” quase soou como uma celebração particular à própria Virgínia Mendes, com direito a palco, aplausos e os holofotes todos voltados para a estrela da corte palaciana. O povo, esse sim, ficou de fora — mas arcou com toda a conta.