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A vereadora por Cuiabá, Maysa Leão (Republicanos) contou que não teme um embate judicial com o deputado Gilberto Cattani (PL), quem ela acusa de praticar o crime de difamação e incitação de ódio, por conta da publicação de um vídeo de um bate-papo entre as duas figuras políticas.
Em entrevista ao MTPlay, Maysa – que foi acionada na justiça pelo deputado, por injúria, calúnia e difamação – afirmou estar tranquila quanto ao processo disciplinar enviado à Câmara dos Vereadores, que pede sua cassação da parlamentar.
“Não temo embate judicial, a gente tem uma cronologia dos fatos bem clara, até porque eu não criei nada. Eles foram acontecendo com naturalidade. Enviei no dia 29 de agosto um ofício onde peço para ele apagar o post e no dia 30 ele responde dizendo que não iria apagar. Não sei como ele vai respaldar, mas estou muito tranquila,” afirmou Maysa.
A vereadora ainda relatou estar feliz com todo o apoio dado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União Brasil), ao levar a denúncia contra Cattani no âmbito da Casa de Leis.
“Fiquei feliz e surpresa porque não é comum ver parlamentares homens entrarem nesse tipo de batalha. Está acontecendo contra mim uma violência moral, psicológica, gravíssima dentro da rede social do deputado Cattani. Quando o deputado Botelho se manifestou dizendo que ele errou, que era só apagar o post, me trouxe uma surpresa muito positiva de que estamos caminhando nesse combate”, finaliza Maysa.
Cattani entrou com pedido de indenização na ordem de R$ 52,8 mil após Maysa acusá-lo de manipulação do vídeo onde supostamente dizer que ela defende estupradores.
ENTENDA A CRONOLOGIA DOS FATOS
13/08/2023
Cattani posta o recorte do podcast em seu Instagram, recebendo centenas de comentários, dentre eles vários desejos de que a vereadora deveria ser estuprada para não defender bandido. ‘De que se ela, sua filha e mãe fossem estupradas, amarradas e retalhadas, ela não pensaria assim’. Ao demonstrar que o conteúdo gerou um entendimento equivocado nos internautas de que a vereadora seria uma defensora de estupradores.
20/08/2023
Ao tomar conhecimento do teor dos comentários e de ter sido inclusive ameaçada em seu Instagram pessoal, a vereadora comentou na referida postagem a seguinte mensagem: ‘Deputado @gilbertocattaniofc o senhor recortou um pedaço do vídeo que dá a entender que defendi estuprador. Além disso permitiu que desejassem que eu fosse estuprada, que a minha filha fosse estuprada! Um absurdo deturpar a minha fala, difamar minha atuação política, que é justamente na busca por punições mais severas, pelo cumprimento da lei, pela quebra dos ciclos de violência. O senhor que tanto se ofendeu com as ofensas proferidas à sua esposa e mãe, agora publica um recorte de fala que deturpa o entendimento do debate, e pior, ainda permite que remetam a minha pessoa ofensas de baixíssimo calão!”
29/08/2023
Não obtendo resposta através das redes sociais do deputado, a vereadora enviou um ofício para o gabinete de Cattani, solicitando que o post fosse apagado, para que as ameaças e violências contra ela cessassem.
30/08/2023
Através de um ofício enviado pelo advogado do deputado, ao gabinete da vereadora, Cattani informa que não apagará o post e ainda diz para a vereadora usar meios legais, se quiser que ele apague a publicação.
31/08/2023
A vereadora protocola na Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa um pedido de providências quanto ao fato. Anexando todas as provas do ocorrido, inclusive, o ofício em que o deputado responde que não vai apagar a publicação. Neste mesmo dia a vereadora registra o boletim de ocorrência por incitação ao crime de ódio e violência política de gênero. Em resposta aos pedidos, o deputado protocola uma ação criminal contra a vereadora, alegando crimes de calúnia, difamação e injúria, além de protocolar um pedido de cassação do mandato da parlamentar na Câmara de Vereadora da capital por quebra de decoro parlamentar. Maysa recebeu a negativa com bastante perplexidade. “Estive em uma entrevista com o deputado, em um debate de 1 hora e 26 minutos bastante respeitoso. Ao fazer o recorte de 90 segundos e postar no Instagram, o deputado poderia alegar que não imaginaria a interpretação dos internautas, mas a partir do momento que ele foi informado da gravidade da repercussão, poderia definitivamente apagar o post. Eu não compreendo esse apego em não apagar a publicação, e cessar todo o mal que vem me acontecendo. Para completar, o deputado me processa por relatar um fato público e notório”.
Fonte: Isso É Notícia