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Medeiros cita punições rígidas a bolsonaristas e pede investigação de protestos de 2017

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Inconformado com as medidas adotadas pela Justiça brasileira, diante do ataque vândalo em Brasília, o deputado federal José Medeiros (PL), informou nesta quarta-feira (11), que irá protocolar no Supremo Tribunal Federal (STF), o pedido de inclusão, no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos, uma investigação por crimes de terrorismo praticados por organizadores e participantes dos protestos realizados em 2017 na Capital Federal.

O liberal, chegou a criticar as punições atribuídas aos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro – seu correligionário – e propôs a criação de uma Comissão Externa da Câmara dos Deputados para acompanhar as recentes prisões de manifestantes em Brasília.

“Se o entendimento do STF for de que os vândalos infiltrados na manifestação do último domingo são terroristas, então, esse entendimento deverá também se aplicar aos participantes dos atos de 2017. Os fatos são similares. Portanto, precisam ser enquadrados na mesma tese”, afirma Medeiros.

Medeiros solicita ainda que os participantes e organizadores do ataque ao prédio da residência da ministra Cármen Lúcia, na época presidente do STF, sejam investigados e enquadrados na mesma tipificação dos vândalos que se infiltraram no protesto do último domingo (8).

“Precisamos ampliar as investigações e chegar aos organizadores e financiadores dos protestos violentos de 2017. Além das respostas, os envolvidos naqueles ataques precisam, de fato, serem identificados e responsabilizados. Na mesma forma, que a direita e a população de uma forma geral têm interesse em saber quem são os infiltrados que praticaram vandalismo na manifestação do último domingo e a mando de quem eles agiram”, reforça Medeiros.

Invasão bolsonarista em Brasília não é comparável com manifestações da esquerda

Após a invasão do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro condenou nas redes sociais “depredações e invasões de prédios públicos”. Ele, que viajou para os Estados Unidos dois dias antes de seu mandato terminar, comparou os atos violentos de domingo (8) com os “praticados pela esquerda em 2013 e 2017” em Brasília.

O primeiro deles, quando grupos romperam o cordão de isolamento da Polícia Militar e ocuparam a marquise do Congresso Nacional, onde ficam as cúpulas da Câmara e do Senado, em junho de 2013.

Tratava-se de um protesto que pedia recursos para educação, saúde, passe livre no transporte público e era contra os gastos públicos na Copa das Confederações e do Mundo, de 2014.

Já em maio de 2017 todos os prédios da Esplanada dos Ministérios foram evacuados após grupos colocarem fogo, quebrarem vidros, picharem e invadirem as sedes de alguns ministérios.

Segundo cientistas políticos, ouvidos pela BBC Brasil, os atos violentos deste domingo não podem ser comparados com os episódios anteriores citados pelo presidente, especialmente por seus objetivos antidemocráticos.

Segundo Cláudio Couto, professor adjunto do Departamento de Gestão Pública da FGV EAESP, a intenção dos bolsonaristas ao invadir os prédios públicos implica diferenças fundamentais.

“Em 2013 e 2017, os grupos envolvidos nos atos pressionavam por conta de políticas públicas específicas. Já o que vimos no domingo foi um atentado contra o próprio regime público”, diz.

“O que aconteceu no domingo me parece completamente sem precedentes no Brasil”.

Fonte: Isso É Notícia

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