O acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul, anunciado nesta sexta-feira (6) em Montevidéu, no Uruguai, deve ser dividido em duas frentes: uma política e outra econômica.
A ideia é ganhar velocidade na tramitação para que, em até dois anos, ele seja de fato assinado. De acordo com os negociadores brasileiros, a parte econômica será analisada pelo Conselho Europeu, formado pelos líderes dos 27 países. É preciso 55% dos votos para a aprovação. Em seguida, o acordo deve ser ratificado pelo Parlamento Europeu.
Já a parte política, na visão dos negociadores do Brasil, precisa passar pelos parlamentos dos 27 dos países quem compõem a União Europeia.
Antonio Costa, ex-primeiro-ministro português, irá presidir o conselho que favorece a tramitação.
A assinatura da aliança cria um mercado de 700 milhões de pessoas com PIB de 20 trilhões de dólares, mas, levanta temores, do lado do Mercosul, sobre a situação da indústria. Do lado europeu, a apreensão é sobre a agricultura.
O acordo acontece 25 anos depois do começo das negociações, em um momento de crise política na Europa e alta do discurso isolacionista.
Há um receio de que a França, país que tem protestado contra o acordo, consiga reunir outros países com grandes populações para barrar o acordo.
Mesmo com o fim das negociações, há um longo caminho até a assinatura. E este caminho ainda irá encontrar eleições na Alemanha em 2025, uma guerra sem fim entre a Rússia e a Ucrânia e a volta de Trump ao poder.
Fonte G1 Brasília