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Ministro de Bolsonaro, Ciro Nogueira aposta em palanque duplo para derrotar o PT no Piauí

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Ministro da Casa Civil e presidente nacional do Progressistas (PP), Ciro Nogueira é o grande articulador da oposição ao governo do Piauí, sua base eleitoral. No estado, ele tem sob seu comando duas candidaturas com o objetivo de tirar o PT do poder, já que o atual governador, Wellington Dias, concorrerá ao Senado e tenta fazer o seu sucessor.

Apoiador fiel de Bolsonaro nos últimos anos e um dos líderes do Centrão, Nogueira investe no ex-prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (União Brasil), nesta eleição. Tanto que sua ex-mulher e correligionária, a deputada federal Iracema Portela (PP), está como vice na chapa.

Outro movimento ocorreu dentro do Partido Liberal (PL), atual sigla do presidente Jair Bolsonaro. O ministro foi responsável pela candidatura do coronel Diego Melo, que há até pouco tempo era do Patriota e migrou para a sigla bolsonarista. Antes, Ciro indicou a jornalista Samanta Cavalca para ser presidente estadual do PL ?com o aval de Bolsonaro.

Coronel Diego foi oficializado como candidato ao governo do estado na última sexta-feira (22) e a convenção contou com a presença do ministro Ciro Nogueira e da senadora Eliane Nogueira (PP), mãe do ministro. Ela assumiu vaga como senadora após a licença de Ciro para ocupar o ministério no governo Bolsonaro.


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Há outras manobras para derrotar o ex-governador Wellington Dias (PT), que apoia a candidatura do petista Rafael Fonteles ao Palácio de Karnak, e do próprio Dias, que concorre a uma vaga no Senado. Nogueira trouxe para a primeira suplência de seu pré-candidato ao Senado Joel Rodrigues (PP), um pré-candidato do PDT. Charles da Silveira é correligionário do candidato à presidência da República Ciro Gomes.

Polarização

Assim como no âmbito nacional na disputa entre Bolsonaro e Lula (PT), líderes das pesquisas de intenção de voto segundo o Datafolha, no Piauí também há polarização. Especialistas afirmam que os candidatos locais têm foco nos dois representantes nacionais para alavancar suas campanhas.

?Ciro Nogueira e o PP , Wellington Dias e o PT se colocam em lados antagônicos e, consequentemente, as candidaturas apoiadas por eles. Não há como uma disputa estadual se desvincular inteiramente da disputa presidencial”, diz o cientista político Vitor Sandes.

Vitor conta que, desde 1994, as eleições nacionais e estaduais “são ‘casadas’, ou seja, elas ocorrem ao mesmo tempo. É estratégico para os candidatos presidenciais mais competitivos ter palanques nos estados e, diante disso, os vínculos dos políticos e dos partidos nos estados com os presidenciáveis acabam sendo evidenciados?, afirma.

O cientista destaca que o PT tem uma candidatura completamente alinhada a Lula no Piauí, mas o principal candidato do ministro Ciro Nogueira, que é Sílvio Mendes, tenta “estadualizar” o pleito por conta da rejeição local a Bolsonaro.

?Do lado da candidatura vinculada ao Bolsonaro, temos a do PL, uma candidatura tipicamente bolsonarista, do ponto de vista da agenda moral. Do outro, temos uma candidatura apoiada por Nogueira e com a participação direta do PP, que são umbilicalmente vinculados politicamente ao governo Bolsonaro. Considerando a rejeição do presidente no estado do Piauí, a estratégia de Mendes será se desvincular de Bolsonaro, buscando, ao máximo, estadualizar o pleito. Ou seja, evitar que o debate presidencial influencie o debate no âmbito estadual?, disse Sandes.

Terceira via

Para o cientista político, uma terceira via é impossibilitada em eleições majoritárias pela concentração de votos em poucas candidaturas. Contudo, a situação não impede o surgimento de forças políticas.

?Ainda assim, essas possíveis alternativas têm dificuldade de se organizar e angariar apoios, considerando que a maioria ou se vincula ao lado governista ou àquele que mais possui a capacidade de opor ao grupo que está no poder, sobrando pouco espaço. Ainda há outros limitantes, como o fato de que alguns acordos nacionais (como, por exemplo, aqueles que levaram à formação de federações) levaram a composições e ao enfraquecimento de forças políticas que se colocavam como alternativa?, analisou o pesquisador.

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Fonte G1 Brasília

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