O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, disse nesta segunda-feira (6) que os prejuízos causados pelas cheias que atingem a região Sul do Brasil estão sendo contabilizados e que a estimativa é de que seja necessário ao menos R$ 1 bilhão somente para as rodovias.
Ele diz que o governo federal está disposto a disponibilizar crédito, mas que o processo demanda tempo.
?São necessárias informações que precisam ser levantadas por estados e municípios. Eu posso dizer que, só de estradas, o Renan Filho (ministro dos Transportes) já levantou um dado de quase R$ 1 bilhão. Se for ver os dados de cidades, são bem significativos?
Ele explicou que devem ser reconstruídas, além das estradas, postos de saúde e escolas, por exemplo. Para isso, cidades, estado e União estão se conversando para fazer esse levantamento.
Em paralelo, medidas sociais já foram implementadas, diz Góes. Ele cita como exemplos a antecipação do Bolsa Família e a liberação de FGTS.
Prevenção
Na outra ponta dessa discussão. O ministro diz que o governo federal trabalha em um sistema de alerta integrado, que deve passar por testes em breve.
?Esse sistema está pronto. É um trabalho feito por nós e o ministério das Comunicações, através da Anatel e todas as empresas de telecomunicações, e a Secretaria Nacional de Defesa Civil. Inclusive, estava programado para amanhã o anúncio do dia de início dos testes?, falou.
Justamente por conta da tragédia no Rio Grande do Sul, esse anúncio deve ser adiado. Góes diz que os sistemas atuais em funcionamento não deixarão de ser utilizados, mas que poderá acontecer uma universalização em âmbito nacional.
?Precisamos criar a cultura de nos preparar para o risco. Em junho, vamos concluir um Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil. Temos uma política de 2012 e nunca foi feito um plano nacional?, conta.
Segundo o ministro, o plano vai organizar a estruturação nacional com foco em prevenção e resposta aos desastres.
Situação de emergência permanente
Waldez Góes falou sobre um debate que vai analisar a necessidade de criação do estado de situação de emergência permanente para determinados municípios.
?Durante 10 anos consecutivos, quase 1.400 municípios viveram em emergência por pelo menos 6 meses em cada ano. A tese é que talvez seja necessário decretar situação de emergência permanente nesses municípios e inverter a atuação da política pública, para retirar todas as políticas nesse foco e criar adaptabilidade para retirar aquele município da situação de emergência?, contou.
Segundo o ministro, a ação é desafiadora, mas é considerada pelo governo como uma boa política de prevenção.
Fonte G1 Brasília