O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, afirmou nesta quarta-feira (6) que o sistema eletrônico de votação ?precisa sempre de aperfeiçoamento?, mas negou que as Forças Armadas coloquem em dúvida o processo eleitoral.
As Forças Armadas integram a Comissão de Transparência das Eleições. O órgão foi criado pelo TSE em setembro do ano passado para discutir medidas que possam ampliar ainda mais a transparência e a segurança das eleições.
O presidente Jair Bolsonaro, pré-candidato à reeleição, vem levantando suspeitas sem provas sobre a urna eletrônica, afirmando que não são auditáveis ? embora sejam ? e defendendo a aplicação de voto impresso, considerado um retrocesso pela Justiça Eleitoral.
Em meio aos ataques de Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira tem pressionado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a adotar medidas sugeridas pelos militares que, afirma, garantiriam mais segurança ao processo eleitoral, apesar de o tribunal, que o responsável por comandar as eleições, afirmar que o processo é seguro.
?Sabemos muito bem que esse sistema eletrônico precisa sempre de aperfeiçoamento. Não há programa imune a um ataque, imune a ser invadido?, disse Nogueira durante audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
“Não se está duvidando, ou achando isso ou aquilo outro. É simplesmente um espírito colaborativo. Esse é o espírito da equipe das Forças Armadas. Desde o início estamos sempre prontos, permanecemos colaborativos para melhoria do processo?, acrescentou o ministro.
Urnas são seguras
As urnas eletrônicas jamais entram em rede e, por não serem conectadas à internet, não são passíveis de acesso remoto, o que impede qualquer tipo de interferência externa no processo de votação e apuração.
O método de votação usado no Brasil foi resultado de um trabalho de mais de 60 anos e, desde sua implementação, em 1996, nunca houve fraude numa eleição, segundo a Justiça Eleitoral.
O titular da Defesa disse que as sugestões dos militares à comissão de transparência do TSE têm o objetivo de dar mais transparência, segurança e melhores condições de auditabilidade ao sistema de votação.
?Só isso. Não tem outro viés?, destacou.
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Fonte G1 Brasília