O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta sexta-feira (6) visitas de familiares e advogados ao general Mario Fernandes e ao tenente-coronel Rodrigo Azevedo, ambos “kids pretos” presos por plano de 2022 para matar Lula, Geraldo Alckmin e o próprio Moraes.
Mario Fernandes e Rodrigo Azevedo foram detidos na Operação Contragolpe e estão presos em uma unidade militar em Brasília, o Batalhão de Polícia do Exército.
Segundo a decisão de Moraes, Mario Fernandes vai poder receber visitas da mãe de irmãos e de advogados. Já Rodrigo Azevedo poderá conversar com pai, mãe e irmã.
O ministro também autorizou nesta sexta a retirada da tornozeleira eletrônica de Rafael Martins de Oliveira ? outro militar das Forças Especiais do Exército detido na Operação Contragolpe ? uma vez que ele também está preso, em uma área militar no Rio de Janeiro.
? Os “kids pretos” ? também chamados de “forças especiais” (FE) ? são militares da ativa ou da reserva do Exército, especialistas em operações especiais.
? Em novembro, quatro militares do Exército ligados a essas forças especiais foram presos suspeitos de um golpe de Estado após as eleições de 2022 para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e restringir a atuação do Poder Judiciário.
Quem são os militares
Indiciado no inquérito da tentativa de golpe de estado da Polícia Federal, o general reformado Mário Fernandes é apontado como o responsável pelo plano “Punhal Verde e Amarelo”, operação que tinha como objetivo matar Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes após as eleições de 2022.
Segundo a PF, ele também atuou para “criar narrativa” e tentar atribuir ao então ministro da Justiça, Flávio Dino, a responsabilidade pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Já o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, segundo a PF, servia no Comando de Operações Especiais do Exército em Goiânia (GO) em 2022. Em dezembro daquele ano, o militar passou a usar telefones que foram utilizados no plano de golpe.
A suspeita é de que ele possa ter sido um dos militares que conversaram pelo aplicativo usando codinomes e tramando a ação.
Fonte G1 Brasília