O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro vai ouvir nesta terça-feira (5) os integrantes da comissão de licitação que aprovou a compra de blindados pela Polícia Rodoviária Federal.
Esses servidores foram os responsáveis por analisar e aprovar o contrato que, há cerca de um mês, passou a ser alvo de investigação criminal. Entre as possíveis inconsistências, está a falta de justificativa para a compra dos chamados “caveirões” em regime de urgência.
A PRF comprou os veículos blindados da empresa Combat Armor, que pertence a um apoiador do ex-presidente norte-americano Donald Trump.
No último dia 24, a Justiça determinou a inspeção de 14 desses veículos. Segundo o MP, há indício de que os carros não têm capacidade técnica para funções operacionais.
Em junho, o Jornal Nacional revelou que nove desses blindados estavam parados e sem uso no pátio da polícia rodoviária. Veja abaixo:
O procurador da República Eduardo Benones afirma que há suspeitas de superfaturamento e atropelamento de prazos.
O nome de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF, aparece como o responsável pela aprovação de contratos com a Combat Armor no período em que ele era superintendente regional na PRF do Rio.
A Combat é uma empresa com sede nos EUA e pertence a Daniel Beck, apoiador do ex-presidente Donald Trump ? ele esteve em Washington durante a invasão ao Capitólio em janeiro de 2021.
No Brasil, a empresa é administrada pelo empresário Maurício Junot de Maria, que já atuava no setor de blindagem. A Combat Armor entregou veículos para a Polícia Rodoviária Federal em quatro estados e no Distrito Federal nos anos de 2020 e 2021.
Fonte G1 Brasília