A ida a Kiev é vista como estratégica depois que Lula foi criticado por falas sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia e também por receber o chanceler russo, Sergey Lavrov, em Brasília.
Nesta terça, Lula afirmou que espera que Amorim traga da viagem à Ucrânia “indícios de soluções” para a guerra. A declaração foi feita ao lado do primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, após visita oficial em Brasília.
“Hoje [terça] o Celso Amorim chegou à Ucrânia. Ele já tinha ido à Rússia. Ele viajou 12 horas de trem para poder chegar à Ucrania. Eu espero que o Celso me traga não a solução, que ele me traga indícios de soluções para que a gente possa começar a conversar sobre paz. Ele já sabe o que o Putin quer, ele agora vai saber o que quer o Zelensky. Vamos ter instrumentos para conversar com outros países e construir, quem sabe, a possibilidade de pararmos essa guerra”, afirmou o presidente.
Uma das principais bandeira de Lula em relação à guerra tem sido defender a criação de um grupo de países para negociar a paz entre os dois países, uma espécie de “G20 pela paz”.
Em abril, Amorim fez viagem semelhante à Rússia e à França. Em Moscou, o ex-chanceler se reuniu com assessores próximos ao presidente Vladimir Putin. Já no retorno, fez uma parada em Paris, onde também se encontrou com auxiliares do presidente Emmanuel Macron.
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Polêmica
Semanas atrás, falas do presidente de que a Ucrânia também era responsável pela guerra geraram críticas das potências ocidentais, como o Estados Unidos.
Em visita recente aos Emirados Árabes Unidos, onde fez uma parada depois de sua viagem à China, o petista atribuiu aos EUA e à União Europeia a responsabilidade pelo prolongamento da guerra.
O governo dos EUA disse que o Brasil “papagueia” propaganda russa e chinesa sobre a guerra na Ucrânia. Após a repercussão, Lula mudou o tom e defendeu a integridade do território da Ucrânia. Recentemente, em Portugal, o presidente brasileiro voltou a condenar a invasão russa.
Fonte G1 Brasília