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Na véspera de julgamento no TSE, Bolsonaro evita falar sobre inelegibilidade e nega ataque à democracia em reunião com embaixadores

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse na manhã desta segunda-feira (26) esperar um “julgamento justo” no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que será retomado nesta terça-feira (27) e que pode deixá-lo inelegível por oito anos.

Após agenda do Partido Liberal na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para discutir a participação do PL nas eleições municipais de 2024, Bolsonaro evitou falar sobre cenários caso perca os direitos políticos e afirmou que não vê ataque à democracia em reunião com embaixadores.

“É justo cassar os direitos políticos de alguém que reuniu embaixadores? Não é justo falar em atacar a democracia. Aperfeiçoamento, buscar colocar camadas de proteção, é bom para a democracia.?, disse o ex-presidente. “Não podemos aceitar passivamente no Brasil que possíveis críticas ou sugestões de aperfeiçoamento do sistema eleitoral seja tido como ataque à democracia.?, complementou.

Questionado se já traça cenários caso fique inelegível, Bolsonaro disse não querer ficar no ?se? e defendeu sua experiência como candidato em potencial para 2026. ?Não existe ninguém insubstituível. Eu falei isso agora há pouco para parlamentares. O que acontece é que aqui tem gente muito mais competente do que eu, mas eles não têm o conhecimento nacional que eu tenho. E eu consegui, graças a Deus, o carisma considerável da população?, afirmou.

Jair Bolsonaro afirmou ainda esperar que seu julgamento no TSE siga a jurisprudência anterior da Corte e não aceite novas provas no processo. Ele fez referências à inclusão no processo por parte do PDT, autor da ação, a minuta golpista encontrada com o ex-ministro Anderson Torres. O documento tratava da decretação de um estado de defesa no TSE com o objetivo de rever o resultado da eleição, da qual Bolsonaro saiu derrotado.

?O meu advogado Tarcisio (Tarcisio Vieira de Carvalho Neto), que já foi ministro do TSE, fez uma defesa muito boa em cima de fatos e nós esperamos que sigam a jurisprudência de 2017, onde não se aceitou agregar mais nenhuma prova sobre a original. Espero que isso aconteça?, afirmou.

Tarcísio Vieira foi ministro do TSE de 2014 a 2021 e votou contra a cassação da chapa Dilma-Temer no julgamento realizado em 2017.

Fonte G1 Brasília

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