A Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) revogou, nesta sexta-feira (17), as nomeações de embaixadores do turismo brasileiro, escolhidos durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre as pessoas que perderam esse título estão os ex-jogadores Daniel Alves e Ronaldinho Gaúcho (veja lista abaixo).
O programa contava com 15 embaixadores, todos homens. O comunicado enviado para os representantes agradece os “relevantes serviços prestados” por eles na promoção dos destinos turísticos do Brasil, como antecipou o colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”.
De acordo com o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, a revogação dos títulos foi “apenas uma formalização”, para que a Agência possa indicar novos perfis mais alinhados com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Não foi nada contra um ou outro. Essa era uma identificação de embaixadores do governo passado e não faz sentido mantê-los. Nós estamos preparando novos convites, para novos embaixadores, que tenham mais o perfil do que a gente está fazendo hoje com a promoção do nome do Brasil”, afirmou Freixo.
A Embratur informou que pretende começar a nomear os novos embaixadores ainda neste ano.
Durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, a Embratur indicou para a função de embaixador:
- Álvaro Garnero, empresário;
- Amado Batista, cantor;
- Bruno & Marrone, cantores;
- Carlos Massa (Ratinho), apresentador;
- Daniel Alves, ex-jogador;
- Frederico Lapenda, produtor de filmes;
- Pedro Scooby, surfista;
- Renzo Gracie, lutador;
- Richard Rasmussen, biólogo;
- Roberto de Assis, empresário;
- Romero Britto, pintor;
- Ronaldinho Gaúcho, ex-jogador;
- Vitor Belfort, lutador;
- Zezé Di Camargo, cantor.
O programa
De acordo com a Embratur, o programa “Embaixador Honorífico do Turismo Brasileiro” foi criado para ajudar na promoção internacional do turismo do país, por meio da divulgação de “produtos, serviços e destinos turísticos brasileiros”.
O título é honorário, voluntário, não remunerado e sem vínculo empregatício com a Embratur.
E, apesar da antiga formação não contar com nenhuma mulher e apenas quatro negros ? menos de um terço dos indicados ?, uma das bases do programa tem relação com a promoção da “diversidade cultural” do país no exterior.
Além disso, um dos critérios para a escolha dos embaixadores é ter “conduta ilibada e cidadã” e “não possuir condutas inadequadas, tais como comportamento impróprio, racismo, homofobia, preconceitos em geral”. Entretanto, nem todos os listados se enquadram nas exigências.
Fonte G1 Brasília