Mais de 11 milhões de eleitores votaram no plebiscito no Chile neste domingo (4) para decidir se o país deve adotar uma nova Constituição ou manter a antiga, promulgada em 1980, durante a ditadura de Augusto Pinochet.
Às 21h, com 72,19% das urnas apuradas, o placar era este: 62,20% pela reprovação (“Rechazo”) e 37,80% pela aprovação (“Apruebo”) da nova carta constitucional.
O processo para que se chegasse ao plebiscito começou em 2019, quando o país passou por uma onda de manifestações. Os atos políticos nas ruas do país se intensificaram depois que a polícia reprimiu os protestos (no final, 34 pessoas morreram).
Naquela ocasião, como uma resposta aos protestos, o governo decidiu fazer uma votação a respeito de uma nova Assembleia Constituinte. Os chilenos decidiram que sim, deveria ser formulado um novo texto.
Se o novo texto constitucional for aprovado, os direitos e normas estarão sujeitos à elaboração de leis complementares no Congresso.
Se a Constituição for rejeitada, a atual permanece em vigor ?no entanto, deve haver pressão para que seja redigido uma nova versão.
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O atual presidente chileno, Gabriel Boric, afirmou que, seja qual for o resultado do plebiscito constitucional, ele pedirá “unidade nacional” em um exercício com “mais democracia” para superar as fraturas sociais.
A ex-presidente Michelle Bachelet disse que se a opção para rejeitar a nova Constituição vencer, como antecipam as pesquisas, “as demandas dos chilenos não serão atendidas” e um novo processo deve ser convocado.
A votação é obrigatória no país, depois de uma década em que o voto foi facultativo.
A opção para rejeitar a nova Constituição lidera todas as pesquisas há mais de um mês, mas a campanha pela aprovação mobilizou multidões, especialmente em Santiago.
A festa de rua da campanha pela aprovação reuniu mais de 250 mil pessoas, segundo os organizadores, e a cerimônia de encerramento da campanha de rejeição foi um evento com menos de 400 pessoas em um anfiteatro em Santiago.
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Fonte G1 Brasília