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No primeiro discurso do retorno, Edna exige respeito e compara cassação com escravidão

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A vereadora Edna Sampaio (PT) retomou oficialmente ao seu cargo de vereadora na Câmara Municipal de Cuiabá na manhã desta quinta-feira (07) e em seu primeiro discurso ao relembrar o processo disciplinar que culminou na sua cassação, a petista citou a escravidão por ser a única mulher negra do parlamento. Ao subir na tribuna, Edna disse que jamais se sentiu envergonhada ou com um peso nas costas por ser “açoitada” como os negros durante o período de escravidão e que seus colegas se tornaram “senhores e sinhás” que pretendiam “serenar” sua ideologia na Casa de Leis. Além disso, afirmou que foi “calada” porque a Câmara não aceitou ver uma mulher negra ocupando espaço.

“Vim para dizer que não senti menor mesmo com o peso que colocaram em minhas costas, açoitadas cruelmente como escravidão e a negra foi açoitada por senhores e sinhás que pretendiam amansar seu gênio. Assombra homens e mulheres brancas ver uma preta falar e ser ouvida, e eu retruquei dizendo que sou uma negra livre e que minhas palavras jamais iriam se prender. Não represento apenas pessoas negras, também defendo pessoas brancas, LGBTs e pobres”, disse Edna.

Ainda no discurso, a petista acusou seus colegas de tentarem destruir sua imagem enquanto professora concursada e mobilizaram o ódio a sua figura para atribuir sentimentos de fracassos e decepções.

“Queriam atingir o que há de mais profundo nas pessoas, a crença na política. Numa figura política de uma professora combativa e honesta, quiseram confundir eleitores e mobilizaram ódio, decepção e impotência para não existir diferentes na política. Minha presença na política nunca foi para enfrentar vereadores, ou vereadoras, não lhes devo nada e agora são vocês que me devem respeito. Agora eu sei o quanto podem ir longe destruir uma pessoa ao mesmo tempo que sorri para ela”, finalizou a parlamentar.  

Edna foi empossada novamente em seu cargo na última terça-feira (05), quando a Justiça Estadual encaminhou a notificação judicial que obrigava a Câmara suspender sua cassação e garantir seu cargo, após o juiz Agamenon Alcântara Moreno Junior acatar o mandado de segurança impetrado pela defesa de Edna Sampaio em razão da decadência do PAD n.22704/2023, declarando sua nulidade. Com isso, Edna retornará a Câmara de Vereadores. Edna foi afastada do cargo de vereadora desde 11 de outubro, quando o presidente da Câmara, Chico 2000 (PL), assinou a resolução da perda do seu mandato.

A vereadora estava sendo acusada de apropriação indébita com o uso da verba indenizatória que era paga a então chefe de gabinete Laura Natasha de Oliveira. A Comissão de Ética, responsável pela investigação do processo disciplinar movido pelo vereador Luís Cláudio (Progressista), entendeu que a V.I. deveria ser administrada exclusivamente por Laura.   Com isso, Edna enfrentou uma votação que definiria a perda, ou não, de seu mandato. A parlamentar teve o mandato cassado na sessão da última quarta-feira (11), por 20 votos favoráveis e cinco ausências.   Em seu lugar, quem assumiu foi o primeiro-suplente da sigla, Robinson Cireia.

Fonte: Isso É Notícia

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